Journal articles on the topic 'Conflicto ilegítimo'

Este artigo tem como objetivo principal analisar as diferentes lógicas de atendimento à população juvenil em conflito com a lei a partir da elaboração das políticas públicas nos diferentes momentos históricos do cenário brasileiro. Para isso, se analisaram as legislações anteriores que atendiam a esses jovens – com ênfase nas continuidades e descontinuidades dos códigos de menores de 1927 e 1979 - e o atual Estatuto da Criança e do Adolescente. Compreende-se que, apesar das diferenças de racionalidades entre os códigos, estão presentes, nas antigas legislações, dispositivos de continuidade de lógicas discriminantes atualmente ilegítimas, mas que, de certa forma, ainda vigoram. Conclui-se que, mesmo com a vigência do Estatuto da Criança e do Adolescente, é possível perceber, especialmente no que tange às medidas socioeducativas, a presença de lógicas que constam nos antigos códigos de menores.

Resumen En este artículo se analizará la 'zona roja' del barrio porteño de Palermo, como un conflicto urbano que devino un problema político. Vecinos, travestis, funcionarios públicos, autoridades religiosas y empresarios se manifestaron acerca de la oferta de sexo de travestis en las calles del barrio. Las diferentes argumentaciones pusieron en debate cuál era el proyecto de ciudad que debía promoverse desde las políticas públicas y quién merecía vivir en la ciudad y quién no. En este trabajo se analiza lo que sucede cuando la desigualdad social se encuentra en el espacio público. Los repertorios morales de los diferentes actores involucrados pusieron en tensión cuán tolerable podía ser la presencia de prácticas e identidades ilegítimas y cómo, desde la gestión pública, la administración de las distancias y las cercanías espaciales entre los diferentes se convirtió en un elemento vital para solucionar un conflicto urbano y moral.

Este artículo aborda las restricciones no arancelarias como problema constante en la agenda del MERCOSUR. Analiza la propia definición de “restricción” o “barrera” a nivel internacional, observando que dificulta su identificación y genera discusiones sobre su legitimidad, dos problemas que enfrentó la normativa del proceso de integración. En este marco, el artículo da cuenta de los principales conflictos surgidos a raíz de restricciones no arancelarias aplicadas por Argentina contra la importación de Brasil durante diez años. Evidencia que si tempranamente la normativa del MERCOSUR definió las restricciones como instrumentos ilegítimos en el proceso de integración, el escaso avance que hubo en el establecimiento de instrumentos regionales para abordarlas hizo que las restricciones se fueran naturalizando como parte del proceso. La insatisfacción tanto con los mecanismos de consultas regionales como con el sistema de solución de controversias hizo que la mayoría de aquellos conflictos fueran negociados de manera bilateral, perpetuándose un círculo vicioso entre la debilidad de aquellos instrumentos normativos regionales y la preferencia de los líderes nacionales por negociar las restricciones a nivel político.

O Congresso Nacional tem a missão constitucional de zelar por sua competência legislativa, inclusive diante dos atos normativos criados pelo Poder Judiciário. A engenharia constitucional admite intervenções para dinamizar a independência entre os Poderes – freios e contrapesos. Além de resoluções, portarias, regimentos internos que possam usurpar a referida competência congressual, o sadio protagonismo judicial, notadamente após 1988, tem ganhado viés autoritário com decisões de caráter normativo, o que se convencionou denominar de ativismo judicial. As decisões do Judiciário que ultrapassam parâmetros constitucionais são consideradas ativistas. Essa atitude confronta o equilíbrio metaestático entre as instituições de poder. O artigo 49, XI, da CRFB oferece meios de solucionar esse conflito entre os Poderes, que deságua na preservação da independência institucional e do devido processo legal. A inação congressual – no sentido de uma omissão quando se impõe um agir – avulta o poder político, com especial preocupação com o do Judiciário, em detrimento das garantias dos cidadãos. Portanto, não zelando por sua competência legislativa diante de uma decisão judicial, o Congresso Nacional chancela consequentemente o ativismo judicial como um direcionador social ilegítimo.

As reflexões aqui tracejadas se debruçam sobre a ilegitimidade do processo de impeachment no presidencialismo brasileiro a partir do processo de destituição do Presidente Fernando Collor de Melo em 1992. Sob a ótica da teoria da legitimidade como conflito concreto do direito positivo proposta por Friedrich Müller, o artigo tem como cerne a seguinte hipótese de trabalho: o processo de destituição presidencial como estabelecido hoje no presidencialismo brasileiro não concretiza o texto da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, dada sua regulamentação em lei predecessora que tivera análise de filtragem constitucional inadequada duas vezes pelo Supremo Tribunal Federal durante a atual República. O estudo estrutura-se em três bases: a forma como está estruturado o impeachment no presidencialismo brasileiro; a teoria da legitimidade como conflito concreto no direito positivo; e a verificação da (i)legitimidade do processo de destituição presidencial na engenharia constitucional brasileira a partir do precedente Collor. Identifica-se uma grave brecha na concepção estrutural dos poderes da República e, sobretudo, do regime democrático, ao se permitir que um processo parcamente regulamentado enseje o manejo de impeachments ilegítimos contra governantes democraticamente eleitos, violando a supremacia constitucional brasileira.

La situación a nivel global está distante de la ansiada y añorada paz mundial, la multiplicidad de conflictos de diferente orden en distintas partes del mundo nos lleva al hecho de que si analizamos el entorno global se pone en evidencia una situación de inestabilidad y la existencia de vulnerabilidades crecientes en diversas zonas geográficas donde confluyen Estados débiles o fallidos, el terrorismo, fundamentalismos religiosos, la delincuencia organizada trasnacional, economías extractivas, regímenes políticos débiles o ilegítimos e intereses de diverso tipo de potencias regionales o mundiales y que colisionan en estos lugares.Junto a este panorama de inestabilidad internacional existe un fenómeno creciente de tensiones al interior de los Estados, generadas por un amplio espectro de causas sociales, políticas, económicas, ambientales o culturales que tienden a escalar y exacerbar diversos tipos de conflictos con la capacidad de generar efectos globales o regionales perjudiciales. Por otra parte, los análisis que han hecho las grandes potencias en miras a sus estrategias de seguridad nacionales y sus libros de defensa en los dos últimos años, han sido marcados por las tendencias de que las amenazas provenientes del entorno global vienen reabriendo el debate de los roles y misiones de las Fuerzas Militares y de Policía, debido al impacto que aquellas como el terrorismo y el crimen organizado tienen sobre el orden interno, la libertad y la seguridad de las personas, siendo por ello una prioridad para la Seguridad Nacional.

Este artículo se propone abordar tres contradicciones que se desarrollaron durante el proceso de recualificación de los espacios urbanos públicos centrales e históricos de Buenos Aires en tres gestiones PRO (2007-2019). La primera da cuenta de la tensión homogeneizacióndistinción del espacio construido a partir de importar y adaptar recetas urbanísticas del Norte Global. La segunda se enfoca en los conflictos desatados por el intento del gobierno local de imponer un orden urbano que priorizó las apropiaciones privadas y clasificó como ilegítimas ciertas apropiaciones colectivas. La tercera aborda los procesos de iluminación-invisibilización de ciertos espacios y memorias que reforzaron la identidad porteña dominante. Se concibió un diseño metodológico cualitativo y una combinación de fuentes de datos. Primero, se elaboró un heterogéneo corpus con documentos oficiales. Luego, se realizaron observaciones en los espacios seleccionados. Finalmente, se rastrearon declaraciones y notas periodísticas de funcionarios y técnicos del gobierno local en los medios de comunicación y en las redes sociales.

A crise sanitária provocada pela pandemia de Covid-19 no Brasil foi atravessada por uma crise política. Uma das facetas dessa crise política foi o conflito federativo, que opôs, de maneira explícita e constante, o presidente da República a governadores. A presente pesquisa dedicou-se a responder se essa oposição pode ter sido fomentada e viabilizada, pelo menos em parte, por características do federalismo brasileiro. Para isso, foi testada a hipótese de que os conflitos federativos entre presidente e governadores dependem da existência de (i) condições institucionais, (ii) baixos custos políticos e (iii) incentivos conjunturais para o enfrentamento. Ao examinar as normas constitucionais, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal e os aspectos fáticos da disputa entre presidente e governadores a partir de uma lente teórica fornecida por Jenna Bednar, a hipótese foi confirmada. O federalismo brasileiro tem mecanismos institucionais e políticos para prevenir e reagir a condutas oportunistas ilegítimas do presidente; mecanismos cuja compreensão está profundamente atrelada ao modo como o presidente estabelece suas coalizões partidárias.

Analisaremos a sociedade política do reino português na época de D. Fernando I (1367-83), último rei da dinastia portuguesa de Borgonha. Seu reinado marcaria a entrada da Península Ibérica na Guerra dos Cem Anos (1337-1453). Um contexto de partidarizações instáveis em relação aos dois reinos em guerra, francês e inglês, cujos respectivos aliados formariam os blocos anglo-luso e franco-trastamarista. No campo espiritual os partidarismos gerariam dois fenômenos em sequência, primeiro o Exílio de Avignon (1305-1377) seguido do Cisma do Ocidente (1378-1422) que promovem a fratura da Cristandade latina entre os oponentes no conflito. Neste contexto os reis com legitimidade de sangue perdiam campo sobre seus concorrentes, os usurpadores ou sucessores ilegítimos. A sociedade política mais tradicional, por sua vez, faria eco às pretensões dos legitimistas enquanto tivessem interesses e projetos comuns. A práxis política e militar mostraria neste contexto a dialética própria dos períodos de transição e demandaria uma atualização dos conceitos de legitimidade, fidelidade e traição. As elaborações jurídico-legislativas da Escola de Bolonha se difundiriam na medida das necessidades do contexto e promoveriam uma sistematização de conceitos e práticas de governação pautadas no Direito Comum. A abordagem que propomos a partir da linha da Nova História Política concebe estes dados contextuais para além de sua dimensão factual analisando os ecos de uma transformação mais profunda de conceitos que sustentam em bases atualizadas a legitimidade de sucessão monárquica

El caribe colombiano ha sido, desde hace varias décadas, escenario de fuerte presencia de los grupos paramilitares en el marco de la dinámica del conflicto armado. La región Caribe fue, sin lugar a dudas, un escenario configurado para la acción y desarrollo de las AUC (Autodefensas Unidas de Colombia) como agente social ilegal, logrando, mediante prácticas ilegales o ilegales pero ilegítimas, alterar desde adentro el régimen y tener real influencia en la formulación, modificación, interpretación e implementación de las reglas de juego y de las políticas públicas. Así, el presente trabajo sostiene que el Bloque Norte de las Autodefensas Unidas de Colombia en el periodo 2000-2006, desplegó su accionar por medio de la “Reconfiguración Cooptada del Estado” (RcdE), persiguiendo beneficios económicos pero también políticos, además de impunidad legal y legitimidad social. Lo anterior dentro de un marco de operación más amplia: el clientelismo armado, toda vez que se privatizó la vida pública, apropiándose de bienes comunes a través de la fuerza o la amenaza real de su uso. Se estructura entonces el presente trabajo alrededor de estas dos categorias conceptuales, reconstruyendo el control paramilitar en la región caribe en el periodo señalado, describiendo cómo ha sido la captura criminal de la administración pública y señalando la influencia y magnitud de los pactos entre políticos y las AUC como parte importante de sus lógicas de control territorial.

<p>Tirania e o direito administrativo</p><p> </p><p><em>The Federalist Papers </em>define “tyranny” as “[t]he accumulation of all powers, legislative, executive, and judiciary, in the same hands, whether of one, a few, or many.” This definition would seem to include the modern administrative agency, which exercises all three powers. To avoid tyrannical agencies and their illegitimate exercise of power, judges and academics look to administrative law. Its procedures and requirements, such as public comment, judicial review, agency reason-giving and deliberation, and executive oversight, saddle agencies with checks and balances and, therefore, legitimacy. Yet unease with the administrative state continues; indeed, it seems to be in a constant crisis of legitimacy, suggesting that administrative law’s quest for legitimacy has not succeeded. This Article argues that this crisis of legitimacy stems from the inherent conflict between the assumptions underlying those of administrative law and the Constitution. These sets of assumptions differ profoundly over political actors’ motivations and human nature, rationality in political and administrative decision-making, and the role of executive lawmaking in a democracy. This Article compares <em>The Federalist Papers </em>and administrative law and scholarship to uncover those differences. But this Article does not engage in an “originalist” critique of administrative law. Instead, it shows that administrative law’s crisis of legitimacy inevitably proceeds from its jarring discontinuity with deep assumptions underlying our constitutional structure.</p><p> </p><p>A obra <em>O federalista </em>define “tirania” como “a acumulação de todos os poderes, legislativo, executivo e judiciário, nas mesmas mãos, seja na de um, alguns ou vários”. Essa definição pareceria incluir a agência administrativa moderna, que exerce todos os três poderes. Para evitar agências tiranas e seu exercício ilegítimo do poder, juízes e acadêmicos procuram o direito administrativo. Seus procedimentos e requerimentos, como comentários públicos, revisão judicial, agência de razão e deliberação e supervisão executiva, selam agências com verificações e balanços e, portanto, legitimação. Ainda assim, o desconforto com o Estado administrativo continua; inclusive, parece ser uma constante crise de legitimidade, sugerindo que a busca do direito administrativo por legitimidade não prosperou. Este artigo argumenta que essa crise de legitimidade se origina do conflito inerente entre hipóteses subjacentes às do direito administrativo e a Constituição. Esse conjunto de hipóteses difere profundamente das motivações de atores políticos e da natureza humana, da racionalidade na tomada de decisões políticas e administrativas, e em toda a legislação executiva na democracia. Este artigo compara a obra <em>O federalista</em>, as leis administrativas e a escolaridade para revelar aquelas diferenças. Mas este artigo não se engaja em uma crítica “original” do direito administrativo. Pelo contrário, mostra que a crise de legitimidade do direito administrativo inevitavelmente provém de chocante descontinuidade com premissas subjacentes à estrutura constitucional.</p>

Este presente trabalho abordará sobre as convenções de arbitragem  patológicas que dizem respeito a cláusulas identificadas em contratos ou acordos que  constituem a arbitragem como meio de resolução de disputas. Todavia, essas  cláusulas podem ser apontadas como abusivas ou injustas para uma das partes  envolvidas, afetando seus direitos ou impossibilitando a resolução justa do conflito.  Em acontecimentos em que uma cláusula de arbitragem é considerada  patológica, o poder judiciário pode executar um papel considerável na proteção dos  direitos das partes envolvidas.  A parte judiciária pode verificar a legitimidade da cláusula e estabelecer se ela  é justa e equilibrada para ambas as partes. Se a cláusula for apontada como ilegítima,  as partes podem ter o direito de recorrer a um tribunal para determinar suas  desavenças.  O poder judiciário também pode intervir caso ocorram outras instabilidades no  processo de arbitragem, como ausência de imparcialidade do árbitro, violação de  direitos fundamentais, descumprimento dos processos acordados ou quaisquer  conteúdos que afetem gravemente a justiça e a equidade da arbitragem.  Essa intervenção judiciária é importante para garantir que as partes tenham  acesso a um sistema de resolução de disputas justo e equitativo. Entretanto, é  importante salientar que a intervenção do judiciário deve ser limitada, de forma a  respeitar a natureza privada da arbitragem e evitar interferências excessivas nesse  processo alternativo de resolução de conflitos. O equilíbrio entre a autonomia das  partes e a tutela dos direitos fundamentais é indispensável nesse processo.  No que se diz respeito ao segundo capítulo, será averiguado os conceitos e as  características dessas convenções específicas, onde inúmeros artigos relacionados  estão previstos na lei nº 9307/96 (Lei de Arbitragem), visto que esse tema constitui  meio alternativo de solução de conflitos justificado na autonomia privada. Não haverá  arbitragem e, portanto, renúncia à jurisdição estatal, se não houver inequívoca  aparição da vontade das partes nesse sentido. Desse modo, a convenção arbitral é  considerada a peça-chave do procedimento arbitral seja para dar primórdio à arbitragem, seja para habituar o procedimento a ser seguido, bem como para indagar,  a posteriori a validade da sentença arbitral exposta.  Em relação ao terceiro capítulo, será tratada a relação dessas convenções com  o poder judiciário, em virtude do dever deste último respeitar e cumprir as cláusulas  contratuais de forma livre acordada pelas partes existentes, isto é, as conclusões  arbitrais são vistas como vinculantes e podem ser executadas por esse poder, mesmo  que as partes se sintam lesadas.  

Este número de la Revista Perspectivas de Políticas Públicas se inicia con un texto De Julián Zícari que discute la política antiinflacionaria de José Alfredo Martínez de Hoz, el más emblemático de los ministros del gobierno de la dictadura cívico-militar 1976-1983. El artículo, apoyado en los libros publicados por Martínez de Hoz, sus pronunciamientos públicos y entrevistas periodísticas, ponen en evidencia que la estrategia diseñada por el ministro tenía como fin último la introducción forzada a través de política macroeconómica, de cambios drásticos en la cultura de la sociedad, ante todo en el conjunto de clases medias y trabajadoras que habían sabido resistir el embate del neoliberalismo avant la lettre del gobierno de Isabel Martínez y su ministro Rodrigo. Las culturas no cambian de esa manera, mucho menos a esa velocidad, pero esto iba más allá de la comprensión de Martínez de Hoz y de su cultura de clase, resistente como pocas a los cambios de época y de escenarios. El estudio de Zícari también permite advertir la persistente continuidad del ajuste de Martínez de Hoz, en el marco protector que la dictadura militar prestó a su clase, con la reiteración de sus aspectos centrales en los discursos políticos de algunos protagonistas del retorno a la política representativa democrática, que presentan como novedad lo que ya fue ensayado y fracasó en dictadura. Un corolario que puede extraerse del artículo es que el plan, programa o estrategia de Martínez de Hoz sigue siendo la referencia fundamental del conservadorismo extremo argentino, ahora emponchado con retórica libertaria y resonancias transfronterizas.
 En las antípodas de Martínez de Hoz, quien propuso una política estatal asentada en el aplastamiento del conflicto social, el artículo de Juan Pablo Quiroga brinda una lectura de la obra del economista John Kenneth Galbraith que habilita considerarlo como un intento de elaborar una agenda de investigación de políticas públicas centrada en el conflicto, en sociedades cruzadas por una variedad de desigualdades y asimetrías de poder. El trabajo de Quiroga destaca la integralidad de la concepción de Galbraith y sus interlocuciones con una variedad de economistas y politólogos, incluso con nombres de muy diversos enfoques teóricos, en escenarios de intensas disputas distributivas por el acceso, control y administración de los recursos escasos, entre actores del mercado y entre estos y las agencias públicas. Las transformaciones experimentadas por el capitalismo dependiente han impactado en los patrones dominantes de urbanización de múltiples maneras y con diferentes alcances. El artículo de Daniela Martina analiza la situación de los mercados públicos minoristas en una ciudad argentina. Considerados por mucha gente e incluso por los gobiernos municipales como rémoras del pasado que ya no satisfacen las necesidades del abastecimiento alimentario, el entramado de políticas públicas que se ocupa de ellos ha venido reorientándose, de acuerdo a la autora, de la seguridad alimentaria nutricional hacia intereses ligados al patrimonio urbano, la gastronomía, el ocio y el turismo. En el contexto de crisis alimentaria multiescalar y multinivel, el artículo reflexiona sobre la forma de acceder socialmente a los alimentos, en contextos de crecientes desigualdades y carencias alimentarias. El trabajo de Luciana Chorny, Franscisco Arias y Milagros Polanco dirige su mirada hacia otra dimensión de la política urbana: la problemática habitacional en la Ciudad Autónoma de Buenos Aires. Presenta un análisis comparado de dos casos de relocalización de la población de barrios en condiciones de vulnerabilidad, que fueron trasladados a nuevos complejos habitacionales de propiedad horizontal. El artículo destaca la capacidad de resistencia y lucha popular ante lo que juzgaban decisiones autoritarias e ilegítimas de las autoridades, la tensión entre derechos sociales e intereses especulativos inmobiliarios. Asimismo problematiza acerca de las dificultades que atraviesan los habitantes de estos barrios al ser relocalizados a complejos de propiedad horizontal, desconocidos anteriormente para esta población, lo que presenta nuevos desafíos y nuevas lógicas de convivencia.
 Florencia Corbelle analiza la participación del activismo cannábico en los debates por la reforma a la ley de drogas y la Ley de Cannabis Medicinal que se desarrollaron en la última década fundamentalmente en el Congreso de la Nación. El objetivo del trabajo es dar cuenta del modo en que en el proceso de elaboración de políticas las relaciones entre diferentes actores en un escenario institucional va configurando problemas y lenguajes políticos y asimismo a los sujetos que intervienen en los debates. Argumenta la autora que estas configuraciones se nutren de diferentes tradiciones de lucha y experiencias de vida, se enmarcan en disimiles contextos políticos, poseen consecuencias prácticas y son resultado del trabajo de traducción entre diferentes formas de hacer política así como en la construcción de sujetos políticos que sean considerados interlocutores válidos y de alianzas entre una multiplicidad de actores con diferentes concepciones sobre lo que constituye el problema y qué ha de hacerse con el mismo.
 El texto de Nahuel Dragún echa luz sobre los factores, tanto externos como organizacionales, que afectan la incidencia de los centros privados de expertise en las políticas públicas. Se analizan para ello dos casos que involucran al Centro de Investigación en Políticas Públicas para la Equidad y el Crecimiento (CIPPEC): los procesos de reforma político-electoral en la provincia de Santa Fe y en la Ciudad Autónoma de Buenos Aires. Mediante entrevistas en profundidad, análisis de documentos y análisis de fuentes periodísticas se reconstruyen ambos procesos con el fin de identificar por qué el primero constituye un caso de incidencia exitosa y el segundo uno de incidencia fallida.
 Víctor Hugo Perales Miranda y Natalia Rocha Gonzalez rastrean los orígenes de la planificación del desarrollo en Bolivia, anteriores a la revolución de 1952.El trabajo destaca la dimensión política del camino recorrido por lo que los autores denominan protoplanificación y los grandes objetivos que la orientaron: la integración nacional, la diversificación productiva y la sustitución de importaciones. Explora asimismo la articulación entre esas señales o anticipaciones de planificación al desarrollo con el Plan Bohan elaborado por una misión estadounidense en 1941. Contextualizado en un momento particular de la historia boliviana, el artículo llama la atención de la decisiva gravitación de las definiciones políticas en el desarrollo de la planificación como prefiguración de un estado desarrollista. Este énfasis en la dimensión política y la configuración de las relaciones de poder, marca un decisivo contraste con los sesgos tecnocráticos de la mayoría de los ensayos posteriores, a partir de la década de 1960 y la Alianza para el Progreso.
 La entrevista brindada por la Dra. Claudia Bernazza a la RPPP refuerza y desarrolla esta perspectiva.
 Carlos M. Vilas
 Director

El término “combatiente” y, consecuentemente, el término “prisionero de guerra” se precisan en tratados de derecho internacional humanitario; mientras que, el término combatiente “ilegítimo”, “ilegal” o “no privilegiado”, no sólo no está precisado en el marco jurídico convencional, sino, además, los Estados suelen recurrir a este a fin de generar particulares efectos sobre las personas que se encuentran bajo su poder. No obstante, según el régimen de protección aplicable, las personas capturadas son combatientes, transformándose luego en prisioneros de guerra; o, no lo son, transformándose en civiles. Así, todas las personas que caen en poder del enemigo durante un conflicto armado internacional están protegidas por el derecho humanitario.

En la &laquo;Introducci&oacute;n&raquo; de&nbsp;<em>El conflicto de las facultades</em>, Kant expone el modo en que tiene que organizarse la Universidad con vistas a satisfacer el leg&iacute;timo inter&eacute;s del Estado, que no es otro que el de &ldquo;gobernar&rdquo;. En cierta manera, podr&iacute;a considerarse que, en &eacute;ste y otros textos, Kant ensaya la respuesta a la pregunta, nunca formulada expl&iacute;citamente en ninguno, &lsquo;&iquest;qu&eacute; significa &ldquo;gobernar&rdquo;?&rsquo; La respuesta va a estar en la cr&iacute;tica de la erudici&oacute;n, un conocimiento a medio camino entre el saber y la virtud.&nbsp;

En todo Estado de Derecho los poderes públicos deben encontrarse sometidos a límites y a controles. El recurso de inconstitucionalidad es una vía para encauzar el control jurisdiccional de la actividad del legislador, siendo una herramienta a la que tienen acceso habitualmente las minorías políticas. Por otra parte, existe también una dinámica asentada que consiste en residenciar los conflictos políticos a través de los tribunales. Aquí, se analizará la problemática de hacer un uso abusivo e ilegítimo de los mecanismos de control dentro de la judicialización de la política que estructura nuestros sistemas políticos, así como los riesgos para los sistemas de checks and balances y la calidad democrática implícitos en esta dinámica.

Los recientes conflictos en el mundo demuestran que la tecnología es fundamental para el desarrollo de las campañas bélicas. El uso de tecnología de punta no se limita exclusivamente a los actores tradicionales del Derecho Internacional Humanitario (DIH), sino que la emplean actores no estatales, los cuales cuestionan la eficacia del marco legal internacional, abren el camino a acciones ilegítimas e ilegales y amplían la zona gris entre la paz y la guerra. En este entorno confuso y cada vez más peligroso, la información y la desinformación se han utilizado como armas estratégicas. Estas incluyen tácticas de engaño, medios de desestabilización, generadores de caos y división social, mecanismos de evasión de responsabilidades y sanciones, e instrumentos para la creación de realidades a medida (posverdad). Por lo tanto, el objetivo de este trabajo es comprender el uso militar de una tecnología disruptiva como la inteligencia artificial (IA) e identificar el potencial de la desinformación y la información como herramientas estratégicas.

El sistema de salud en Colombia hace parte del Sistema de Seguridad Social Integral (SGSS) creado por la Ley 100 de 1993. La medicina prepagada existe como un contrato comercial de seguro de personas desde antes del SGSS, para mejorar la comodidad y el lujo, con libertad de elección de profesionales, sin trámites burocráticos para autorizaciones, oportunidad de citas, resolución rápida, eficiencia por ahorro en tiempo, dinero, efectividad y calidad en la atención. La naturaleza del vínculo comercial da pie para que los usuarios puedan tomar ventaja ilegítima del contrato y cambien las relaciones de poder y líneas de autoridad, amparados por el derecho que sienten que les confiere la compra con el fin de ver su inversión en resultados. Se generan así relaciones no idóneas, que transforman la relación médico-paciente, dando lugar a toda clase de conflictos, perversiones y vicios con consecuencias nefastas desde el punto de vista clínico, bioético y jurídico. El caso, analizado desde la metodología de análisis en ética clínica de Diego Gracia para resolver dilemas bioéticos, se aplica para hacer evidentes los conflictos y problemas bioéticos que surgieron en este contexto.

Este trabajo ha sido seleccionado y ha obtenido el Accésit Premio Estudios Financieros 2005 en la Modalidad de Tributación. El presente artículo trata del tema de la planificación fiscal indebida y del conflicto en la aplicación de la norma, es decir, del fraude a la ley tributaria en España. Además de ser una cuestión muy compleja y de gran importancia, es un tema apasionante, blanco de muchas críticas y desacuerdos doctrinales dentro del ordenamiento español. La planificación fiscal en principio es un derecho del contribuyente, sin embargo, cuando se practica con la única intención del «ahorro de impuestos», mediante artificio y mala fe, es considerada una planificación «indebida» (o ilegítima), perjudicial para la recaudación tributaria y, por tanto, debe combatirse mediante ley. La justificación de esta «lucha» está en que en estos casos la planificación fiscal deja de ser un derecho para convertirse en una amenaza para los demás ciudadanos y para la propia Administración, por eso es una cuestión tan «peligrosa» que se rechaza en muchos ordenamientos como es el caso de Alemania, Francia, Portugal y España. En este estudio enfocamos el fraude a la ley (elusión ilícita de tributos) como un medio que se utiliza para alcanzar la planificación fiscal indebida, y tratamos tanto de los aspectos generales de la figura –conceptos, teorías y figuras afines–, como de su positivización en el Derecho español. Este estudio se hizo necesario tras los cambios efectuados por la Ley General Tributaria de 2003, que en un intento de dar un giro a la ineficacia de la norma general antielusiva descrita en el artículo 24 de la antigua Ley General Tributaria, creó una nueva figura en el artículo 15 denominada «conflicto en la aplicación de la norma», que es fuertemente criticada por la mayoría de los autores españoles y también en este trabajo.

El análisis, situado sobre el contexto de la Amazonía colombiana pone en evidencia la complejización de jerarquías de poder que se manifiestan en violencias de orden estructural, directo y simbólico, de manera que los procesos sociales, políticos y económicos de larga duración que tuvieron lugar desde el proceso de colonización y la construcción del Estado-Nación hasta el desarrollo y recrudecimiento del conflicto armado y la implementación de un modelo de desarrollo extractivista. Transversal a ello se encuentra la intrusión ilegítima y el despojo de territorios ancestrales, la puesta en marcha de acciones y políticas etnocidas, así como la intervención o inoportuna acción del Estado. Todo ello ha puesto en riesgo la pervivencia física y cultural de los pueblos indígenas. Sin embargo, los procesos organizativos y las reflexiones propuestas desde las mujeres indígenas han visibilizado cómo estos cambios sociales y económicos imponen, además, regímenes de género que van en detrimento de su poder, sus saberes, su valor social y material que tendrían ellas con anterioridad, y las ubica en un lugar subalterno frente a sus compañeros y el resto de la sociedad. La comunicación propone una lectura sobre los procesos de resistencia liderados por mujeres indígenas, quienes han hecho visibles los daños diferenciales y desproporcionados del despojo de territorios ancestrales y del militarismo sobre sus cuerpos y sus vidas, al mismo tiempo que denuncian las estructuras patriarcales que se reproducen dentro de sus comunidades y procesos organizativos mixtos, como la triple discriminación de las que son objeto por parte del Estado.