Academic literature on the topic 'Intersexualidade'
Create a spot-on reference in APA, MLA, Chicago, Harvard, and other styles
Consult the lists of relevant articles, books, theses, conference reports, and other scholarly sources on the topic 'Intersexualidade.'
Next to every source in the list of references, there is an 'Add to bibliography' button. Press on it, and we will generate automatically the bibliographic reference to the chosen work in the citation style you need: APA, MLA, Harvard, Chicago, Vancouver, etc.
You can also download the full text of the academic publication as pdf and read online its abstract whenever available in the metadata.
Journal articles on the topic "Intersexualidade"
Paula, Ana Amélia Oliveira Reis de, and Márcia Maria Rosa Vieira. "Intersexualidade: uma clínica da singularidade." Revista Bioética 23, no. 1 (April 2015): 70–79. http://dx.doi.org/10.1590/1983-80422015231047.
Full textMachado, Paula Sandrine. "(Des)fazer corpo, (re)fazer teoria: um balanço da produção acadêmica nas ciências humanas e sociais sobre intersexualidade e sua articulação com a produção latino-americana." Cadernos Pagu, no. 42 (June 2014): 141–58. http://dx.doi.org/10.1590/0104-8333201400420141.
Full textGontijo, Fabiano. "Biologia, direito, perspectiva queer e intersexualidade." Teoria Jurídica Contemporânea 3, no. 1 (December 26, 2018): 120–39. http://dx.doi.org/10.21875/tjc.v3i1.18105.
Full textVainfas, Ronaldo. "HERMAFRODITAS NOS SÉCULOS XVI E XVII." Revista Espacialidades 17, no. 1 (March 29, 2021): 50–67. http://dx.doi.org/10.21680/1984-817x.2021v17n1id21776.
Full textFreitas, Janaina, and Paula Sandrine Machado. "Rastreando corpos, produzindo sexos: a inserção da hiperplasia adrenal congênita no teste do pezinho." Mediações - Revista de Ciências Sociais 20, no. 1 (September 14, 2015): 130. http://dx.doi.org/10.5433/2176-6665.2015v20n1p130.
Full textCascais, António Fernando. "Hermafroditismo e intersexualidade na fotografia médica portuguesa." Comunicação e Sociedade 32 (December 29, 2017): 59–79. http://dx.doi.org/10.17231/comsoc.32(2017).2751.
Full textLoreto, Élgion Lúcio da Silva, Luciana Silveira Flores Schoenau, and Renato Zamora Flores. "INTERSEXUALIDADE EM HUSKY SIBERIANO: RELATO DE UM CASO." Ciência Rural 21, no. 2 (August 1991): 275–81. http://dx.doi.org/10.1590/s0103-84781991000200011.
Full textSiqueira Silva, Luciana Aparecida, and Elenita Pinheiro de Queiroz Silva. "DIÁLOGOS ENTRE INTERSEXUALIDADE E O ENSINO DE BIOLOGIA." Diversidade e Educação 9, Especial (May 23, 2021): 576–99. http://dx.doi.org/10.14295/de.v9iespecial.12837.
Full textCardin, Valéria Silva Galdino, and Jamille Bernardes da Silveira Oliveira dos Santos. "DA INTERSEXUALIDADE E O DIREITO AO PRÓPRIO CORPO: UMA ANÁLISE BIOÉTICA." Revista Direitos Sociais e Políticas Públicas (UNIFAFIBE) 8, no. 2 (June 24, 2020): 410. http://dx.doi.org/10.25245/rdspp.v8i2.826.
Full textCanguçu-Campinho, Ana Karina, Ana Cecília de Sousa Bittencourt Bastos, and Isabel Maria Sampaio Oliveira Lima. "O discurso biomédico e o da construção social na pesquisa sobre intersexualidade." Physis: Revista de Saúde Coletiva 19, no. 4 (2009): 1145–64. http://dx.doi.org/10.1590/s0103-73312009000400013.
Full textDissertations / Theses on the topic "Intersexualidade"
Margineanu, Radu Adrian. "Intersexualidade canina." Master's thesis, Universidade de Lisboa. Faculdade de Medicina Veterinária, 2015. http://hdl.handle.net/10400.5/8785.
Full textA intersexualidade é um distúrbio pouco frequente nos humanos, sendo hoje mais referido nos animais domésticos e silvestres. A intersexualidade é uma perturbação causada por anormalidades durante a determinação ou diferenciação sexual, resultando em defeitos do aparelho reprodutor. A intersexualidade pode ser classificada em 3 categorias: os distúrbios cromossómicos, os distúrbios de desenvolvimento gonadal e os distúrbios no desenvolvimento fenotípico. Nos estudos recentes sobre intersexualidade, propunha-se a utilização de uma nova nomenclatura, DSD (Disorder of sex development), que engloba todos os casos em que o sexo cromossômico, desenvolvimento gonadal, ou de sexo anatómico é atípico. O presente estudo inclui uma amostra de 5 casos, e tem o objectivo de caracterizar a amostra, analisar os resultados dos exames complementares realizados (o exame anatomo-histopatológico dos órgãos e a analise citogenética) e tentar classificar o tipo de intersexualidade encontrado. Os resultados obtidos indicam que dos 5 casos, 3 eram hermafroditas verdadeiros e 2 casos eram pseudo hermafroditas masculinos.
ABSTRACT - Intersexuality is a relatively rare in humans, and it has being reported more frequently in animals domestic and wild. The intersexuality is caused by any anomaly that appears during sexual determination or differentiation, resulting in alterations of the reproductive system. The intersexuality can be classified in three main categories: sex chromosome disorders, disorders of gonadal sex development and disorders of phenotypic sex development. In recent studies of intersexuality, there was used a new nomenclature DSD (Disorder of sex development), which includes all cases in which the chromosomal sex, gonadal development, or anatomical sex is atypical. This study includes a sample of 5 cases, and aims to characterize and analyze the cases and the results of the complementary exams (the anatomohistopathological exam and cytogenetic analysis) and try to classify the type of intersexuality encountered. The results are the following: 3 cases were true hermaphrodites and 2 cases were male pseudo hermaphrodites.
Silva, Raquel Lima de Oliveira e. "Entre a norma e a natureza : a construção da intersexualidade." reponame:Repositório Institucional da UnB, 2010. http://repositorio.unb.br/handle/10482/8521.
Full textSubmitted by Max Lee da Silva (bruce1415@hotmail.com) on 2011-06-21T00:03:03Z No. of bitstreams: 1 2010_RaquelLimaDeOliveiraeSilva.PDF: 895691 bytes, checksum: b59c953a43aa4b45ae364d22558384d2 (MD5)
Approved for entry into archive by Daniel Ribeiro(daniel@bce.unb.br) on 2011-06-21T13:37:39Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2010_RaquelLimaDeOliveiraeSilva.PDF: 895691 bytes, checksum: b59c953a43aa4b45ae364d22558384d2 (MD5)
Made available in DSpace on 2011-06-21T13:37:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2010_RaquelLimaDeOliveiraeSilva.PDF: 895691 bytes, checksum: b59c953a43aa4b45ae364d22558384d2 (MD5)
As práticas médicas, antes mesmo de trabalharem com a cura ou alívio dos males físicos e prevenirem doenças, nomeiam e formam conceitos simbolicamente construídas para eventos biológicos que tomam, assim, um valor culturalmente estabelecido. Buscou-se trabalhar com a noção médica construída para intersexo observada em três documentos selecionados. Manuais formulados por acadêmicos, os textos foram retirados de publicações que têm como objetivo instruir e informar outros profissionais sobre o manejo clínico da intersexualidade. Além de orientarem sobre procedimentos terapêuticos, os documentos problematizam a condição e justificam suas esolhas com base em categorias ora sociais, ora biológicas. A própria construção do que vem a ser intersexualidade muda e acordo com a abordagem contemplada e os objetivos defendidos. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT
Medical practices, although based on the concept of cure or relief for physical problems and capable of preventing diseases, name and form notions symbolically constructed for biological events that become, after all, culturally established values. This work is based on the analysis of the medical concept of intersex observed in three documents. As manuals made by academic professors, the texts were selected from publications that would instruct e inform other health professionals about the clinical management of intesexuality. As the documents provide orientations on the treatments for the intersexed, they also interpreted the condition their own way and created concepts that would justify their choices based on social and biological questions. The conception of intersex, itself, change according to the proposal contemplated by the authors and the defended objectives.
Canguçú-Campinho, Ana Karina Figueira. "A construção dialógica da identidade em pessoas intersexuais: o X e o Y da questão." Tese apresentada ao Programa de Pós– Graduação em Saúde Coletiva do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia, como requisito parcial para obtenção do grau de Doutora em Saúde Pública, 2012. http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/6776.
Full textSubmitted by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2012-09-25T13:03:58Z No. of bitstreams: 1 Tese. Ana Karina 2012.pdf: 1513589 bytes, checksum: a9212cc51a077c8b8cb03e7f1dab1c51 (MD5)
Approved for entry into archive by Maria Creuza Silva(mariakreuza@yahoo.com.br) on 2012-09-25T13:28:58Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese. Ana Karina 2012.pdf: 1513589 bytes, checksum: a9212cc51a077c8b8cb03e7f1dab1c51 (MD5)
Made available in DSpace on 2012-09-25T13:28:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese. Ana Karina 2012.pdf: 1513589 bytes, checksum: a9212cc51a077c8b8cb03e7f1dab1c51 (MD5) Previous issue date: 2012
O advento do nascimento repercute de forma direta na dinâmica da família, que, ao se deparar com a indefinição dos genitais, tem suas expectativas em torno da criança, nesse primeiro momento frustradas. Os significados antes construídos para referir-se à criança tornam-se inadequados, surgindo a necessidade de criar outros que possam expressar a sua existência. A existência de uma criança intersexual também se configura como um desafio para os profissionais de saúde, seja pela necessidade de ampliação do conhecimento sobre os mecanismos que influenciam a formação da identidade, seja pela necessidade de discussão sobre as questões éticas próprias ao atendimento a estas pessoas. É na intersecção entre estes dois contextos: familiar e médico que se configura e se reconfigura a identidade da pessoa intersexual. O presente estudo pretendeu compreender: como os significados e práticas de cuidado em saúde participam da configuração da identidade em pessoas intersexuais, e como a pessoa intersexual experiência e configura seu senso de identidade na interlocução com o outro. Esta tese é composta de três artigos: o primeiro artigo envolveu uma revisão de literatura com o objetivo de esboçar o estado da arte, tanto dos estudos sobre a identidade quanto dos estudos sobre a intersexualidade, lapidando o objeto de estudo: construção de identidade em pessoas intersexuais. Realizaram-se buscas em portais eletrônicos (CAPES e Scielo) e em websites (SAGE). Foram encontrados 28 artigos que incluíam como descritores as seguintes palavras chaves: intersexualidade e identidade, intersexo e identidade (em inglês e português). No entanto, ao analisar o conteúdo dos artigos, constatou-se que, na maioria das vezes, a identidade não é abordada como objeto principal, sendo tratada como tema paralelo. As reflexões teóricas da Psicologia e do Feminismo nortearam produções de outras disciplinas como a Sociologia, a Arqueologia e Teologia. A Psicologia destacou aspectos subjetivos ligados ao intersexual, à influência do ciclo de vida e a experiência do próprio intersexual. A perspectiva feminista destacou a identidade de gênero e a influência dos discursos dominantes na formatação do sexo e gênero. A cirurgia cosmética foi veementemente criticada. Foram identificados dois posicionamentos distintos do feminismo em relação ao intersexo: uma posição percebe o intersexual como uma terceira categoria de gênero enquanto outra posição acredita que criar outra categoria de gênero não resolve a questão das hierarquias e dominação ente gêneros. A relevância da cultura e os discursos sociais na construção da identidade do intersexual foram destacados nos estudos, em todos esses campos disciplinares. O segundo e o terceiro artigo priorizaram as observações dos atendimentos médicos e as entrevistas com os profissionais médicos do serviço de genética da UFBA. O segundo artigo analisou os significados sobre a pessoa intersexual expressos e elaborados pela família e profissionais de saúde quanto ao sexo, gênero e sexualidade e os resultados do artigo apontam para a coexistência da perspectiva biomédica e da integralidade no que se refere à visão sobre a pessoa intersexual. A intersexualidade é configurada especialmente pelo saber médico, que a classifica como uma má formação congênita, uma anormalidade, um erro. O intersexual passa a ser visto a partir da dimensão orgânica, perdendo-se a perspectiva da pessoa como um todo. O corpo intersexual expressa a ambivalência e a tênue fronteira entre os gêneros; há um temor de que o corpo materialmente ambíguo possibilite uma identidade ambivalente. Neste sentido, ocorrem dois movimentos principais: a desvalorização semiótica da ambigüidade através da noção de intolerância assimilativa proposta por Valsiner (2007) e intervenção corporal através das cirurgias “reparadoras” nos órgãos sexuais. Entre os médicos, houve a utilização de metáforas na tentativa de integrar a visão de intersexo às novas concepções de sexo e gênero. A visão de gênero e sexo tradicional também é questionada surgindo uma concepção ainda linear, mas multifatorial. Descreve-se uma escada, em que cada um destes elementos funciona como degraus para determinação do sexo. Em relação à identidade de gênero, esta é considerada como um produto das crenças, desejos e expectativas familiares, mais do que uma dimensão singular do sujeito. Compreende-se a identidade, aqui, como um processo maleável que se configura na interdependência entre o contexto familiar e o corpo. O terceiro artigo teve como objetivo principal analisar as práticas em saúde direcionadas à pessoa intersexual, enfatizando a relação entre a família, os profissionais de saúde e a pessoa intersexual. Os resultados revelaram que as práticas em saúde direcionadas para esta população específica organizam-se em torno de três dimensões do cuidado: capacidade técnica, disposição afetiva e garantia de direitos. Ainda que a visão técnica apresente-se como dominante, percebem-se movimentos no sentido de incorporar a dimensão afetiva e do direito nas práticas de atendimento às pessoas intersexuais e sua família. Na condição de intersexo, a medicalização toma grandes proporções ao impactar não só nas rotinas de vida, na forma de criação dos filhos, nas relações sociais, na redução da privacidade corporal, mas na própria construção da identidade destas pessoas. O quarto artigo foi elaborado a partir das entrevistas realizadas com as pessoas intersexuais assistidas pelo mesmo serviço de genética e teve como objetivo analisar a construção da identidade em pessoas intersexuais a partir da Teoria do Self Dialógico. Os resultados apontaram que tanto as vozes dos familiares, amigos, vizinhos, profissionais de saúde, como seus silêncios, possuíram um importante papel na configuração da identidade ao participar como mediadores na construção de significados sobre o corpo. O silenciamento familiar sobre a história destas pessoas foi compreendido como forma de protegê-las do sofrimento que o “saber” poderia promover. No entanto, este silenciamento diante do evento do nascimento e a existência de um corpo dito “ambíguo” possibilitou a construção de significados ambivalentes sobre identidade de gênero. O corpo foi compreendido como ambivalente, sendo rejeitado pelo outro e em parte pela própria pessoa. A aceitação do corpo ocorre na medida em que este é modificado por medicamentos ou cirurgias. O processo de construção da identidade envolveu diversas posições de Eu: Eu-diferente, Eu-igual/semelhante, Eu-doente. Outras posições de Eu se configuraram enquanto estratégias de manejo de tensões: Eu- singular, Eu-mulher diferente / Eu- homem diferente, Eu-Ausente/Alienado, Eu-desempregado(a), Eu-isolado(a) e Eu- em transformação. A identidade é assim dialogicamente construída e envolve descontinuidades, mas se direciona, principalmente, para a construção de um sentimento de estabilidade do self. O Eu-diferente/singular aparece como uma posição central do self, regulando outros posicionamentos e orientando o processo de construção da identidade. Conclusão A experiência tanto da pessoa nascida intersexual quanto da sua família é então configurada no encontro com saberes e poderes próprios ao campo da medicina, ensejando a coexistência de um olhar prioritariamente biológico e um outro olhar que inclui outras dimensões da pessoa como: sentimentos, valores e experiência. O senso de si é então elaborado a partir da negociação de sentidos familiares e médicos sobre o corpo e gênero, mas envolve uma dimensão pessoal que organiza e dá sentido às experiências tornando-as base para a configuração da identidade.
Salvador
Santos, Moara de Medeiros Rocha. "Desenvolvimento da identidade de gênero em casos de intersexualidade : contribuições da Psicologia." reponame:Repositório Institucional da UnB, 2006. http://repositorio.unb.br/handle/10482/6315.
Full textSubmitted by Alexandre Marinho Pimenta (alexmpsin@hotmail.com) on 2009-10-09T16:46:17Z No. of bitstreams: 1 2006_Moara de Medeiros Rocha Santos.pdf: 876921 bytes, checksum: e0476bc3a3a36c590d96324949cf08f7 (MD5)
Approved for entry into archive by Gomes Neide(nagomes2005@gmail.com) on 2010-12-23T12:13:59Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2006_Moara de Medeiros Rocha Santos.pdf: 876921 bytes, checksum: e0476bc3a3a36c590d96324949cf08f7 (MD5)
Made available in DSpace on 2010-12-23T12:13:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2006_Moara de Medeiros Rocha Santos.pdf: 876921 bytes, checksum: e0476bc3a3a36c590d96324949cf08f7 (MD5) Previous issue date: 2006
O estudo da intersexualidade, nos últimos anos, vem despertando interesse de profissionais em diferentes áreas de conhecimento. Imbuídos do propósito de compreender a temática para direcionar propostas de manejo clínico mais adequadas, profissionais envolvidos tanto na assistência, quanto na pesquisa e ensino têm ressaltado a importância de focalizar o desenvolvimento da identidade de gênero e o desempenho do papel de gênero nos casos de intersexualidade. Contudo, tais iniciativas ainda geram diferentes posicionamentos teóricos, metodológicos e práticos, os quais contribuem para o avanço na compreensão do fenômeno, ao destacarem a premência de discuti-lo sob enfoque interdisciplinar. Nesse sentido, a Psicologia tem sido chamada a colaborar por meio do conhecimento de suas distintas subáreas. Inicialmente, a análise a partir da Psicologia do Desenvolvimento, da Psicologia do Gênero e da Psicologia da Saúde indica que a complexidade em torno da intersexualidade deve ser analisada ao longo do ciclo vital, de acordo com o contexto sócio-histórico-cultural apresentado, atentando para a participação ativa do sujeito intersexual no processo decisório quanto ao seu tratamento e a qualidade de vida diante de suas escolhas. O presente trabalho teve como objetivo compreender a evolução da identidade de gênero de jovens sujeitos, por meio da comparação de dois momentos no ciclo de vida: infância e pré-adolescência. Especificamente, objetivou-se comparar a percepção atual de indivíduos intersexuais pré-adolescentes e de suas respectivas mães sobre identidade de gênero, desempenho do papel de gênero, percepção corporal e socialização, com os resultados evidenciados em Santos (2000). Ou seja, comparar tais variáveis em diferentes fases do desenvolvimento, em particular na fase de transição para a adolescência. Três participantes, com idade entre 12 e 13 anos, com diagnóstico de Pseudo-Hermafroditismo Feminino, Hermafroditismo Verdadeiro e Disgenesia Gonadal Mista compuseram a amostra. Durante visitas domiciliares, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com estes e suas respectivas mães. Os resultados indicaram que os jovens participantes, independentemente de estarem ou não satisfeitos com seu corpo/genitália, apresentam tendência a estabelecer identidade de gênero compatível com o sexo designado, sendo coerente entre si a forma como se definem (ou se identificam, enquanto menino ou menina) e como se apresentam aos outros em termos de comportamento. No momento atual, a percepção parental e do jovem sujeito são convergentes em relação à socialização, percepção corporal, identidade e papel de gênero. A vivência intersexual, conforme revelada pelos jovens e suas respectivas mães, sugerem pontos relevantes para elaboração de programas de atendimento ao intersexual. Considerações são feitas sobre um modelo de manejo clínico que inclua trabalho integrado em equipe, visando à elaboração de proposta de ação para saúde pública na área da intersexualidade. _____________________________________________________________________________ ABSTRACT
Intersexuality studies, in the past few years, have been arousing professional interest in several cientific fields. Leaded by the purpose of understanding the subject matter in order to direct clinical management proposals that are more appropriated to the subject, professionals involved in assistance, research, and education have highlighted the importance of focusing gender identity development and gender role performance in intersexuality cases. However, these initiatives still generate theoretical, methodological and practical positions that diverge among each other, which contribute to the advance in subject understanding, because they highlight the urgency to discuss it under an interdisciplinar focus. Therefore, Psychology has been called to auxiliate this dialogue using the knowledge of its several subfields. First of all, the Development, Gender and Health Psychology approach indicates that the complexity involved in intersexuality must be analised during the vital cicle, according to the social historical and cultural contexte that is presented, considering the intersexed individual´s active participation in the decisive process related to his/her treatment and life quality related to his/her choices. The present work aims to understand the gender identity development in young sample, by comparing two moments in their life cicle: childhood and pre-adolescence. Specifically, it aimed to compare the intersexed pre-adolescent individuals´ (and their mothers) current perception about gender identity, gender role performance, body perception and socialization, with the results highlighted in Santos (2000). These variables were compared in diferent development phases, in particular during the transition to adolescence. The sample was composed by three subjects, with age ranging between 12 and 13 years old and diagnosis of Female Pseudo-Hermaphroditism, True Hermaphroditism and Mixed Gonadal Dysgenesis. During familiar visits, semistructured interviews were accomplished with mothers and individuals. The results indicate that young subjects, independently of being or not satisfied with their bodies and genitals, presented tendency to stablish gender identity that is compatible with the designated sex, being coherent the way the young individuals define themselves (or identify themselves as boy or girl), and how they present themselves to others relating to behavior. In the present moment, the parent and young subjects’ perception are convergent when relating to socialization, body perception, identity and gender role. The intersexual grasp of life experience, according to what was revealed by individuals and their respective mothers, suggests relevant elements to elaboration of service programs related to the intersexed individual. Considerations about a clinical management model that includes integrated staff work are presented, with the aim of elaborating an active proposition in the public health care in intersexuality area.
Oliveira, Ana Carolina Gondim de Albuquerque. "Corpos estranhos? Reflexões sobre a interface entre a intersexualidade e os direitos humanos." Universidade Federal da Paraíba, 2012. http://tede.biblioteca.ufpb.br:8080/handle/tede/4378.
Full textCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES
Between the seventeenth and eighteenth centuries mankind has built as metanarrative belief that truth is the subject of rights in being male or female, causing the human to materialize only in the context of binary sex, disregarding any other form of embodiment. Some people are born with different embodiment of the considered normal, with characteristics of both sexes. They are called the medical discourse of intersex. By transgressing the binary model, these people are relegated to the margins of society, moreover, are relegated to the social invisibility, and repeatedly, raped for their human dignity. This work proposes a reflection on the interface between intersexuality and human rights from the analysis of how the medical and legal knowledge legitimize the sexual binarism and its name, violate the rights and deny personhood to human intersex. The structure of this dissertation is divided into three chapters. In the first chapter an analysis was performed on the construction of bodies as a tool sociocultural- historical concepts such as from the body, gender and sex in the perspective of Michel Foucault, Judith Butler, Bernice Bento, Thomas Laqueur and how legal discourse using these concepts and produces a dogmatist who assumes to know the characteristics of the male from the reflections of Frances Olsen and Carole Pateman. In the second chapter it was analyzed that the medical discourse on intersexuality from the concept, and some type of technical management of intersex bodies and the protocols of surgery grinding sex. Also in the second chapter, was used the prospect of George Canguilhem and Thomas Kuhn to understand the concepts of normality and abnormality are political and cultural rather than biological or natural aimed at discussing the depathologization of intersexuality. In the third and last chapter, it was discussed about how the law legitimizes sexual binarism in scientifically supported biomedical discourse and the practice of surgery that define sex in intersex people hurt human dignity from the analysis of the principles that guide the Universal Declaration on Bioethics and Human Rights. As conclusion it appears that the impotence of the human face of stiff biological destiny transforms human life in a compelling and uncompromising determinism incompatible therefore with the principle of human dignity which justifies the theory of human rights.
Entre os séculos XVII e XVIII a humanidade construiu como metanarrativa a crença que a verdade do sujeito de direito está no ser masculino ou feminino, levando o humano a se concretizar apenas na perspectiva do sexo binário, desconsiderando qualquer outra forma de corporalidade. Há pessoas que nascem com corporalidade diferente da considerada normal, com características de ambos os sexos. São denominadas pelo discurso médico de intersexuais. Por transgredirem o modelo binário, essas pessoas são relegadas à margem da sociedade, outrossim, são relegadas à invisibilidade social e, reiteradas vezes, violadas em sua dignidade humana. A presente dissertação propõe uma reflexão sobre a interface entre a intersexualidade e os direitos humanos a partir da análise de como os saberes médico e jurídico legitimam o binarismo sexual e, em seu nome, violam direitos e negam a condição de pessoa humana aos intersexuais. A estrutura desta dissertação está dividida em três capítulos. No primeiro capítulo foi realizada uma análise sobre a construção dos corpos como uma ferramenta sócio-histórico-cultural a partir de conceitos como corpo, gênero e sexo na perspectiva de Michel Foucault, de Judith Butler, de Berenice Bento, de Thomas Laqueur e como o discurso jurídico se utiliza desses conceitos e produz um saber dogmático que assume as características do masculino a partir das reflexões de Frances Olsen e Carole Pateman. No segundo capítulo foi analisado o discurso médico sobre a intersexualidade a partir do conceito, da tipologia e de algumas técnicas de gerenciamento dos corpos intersexuais, bem como os protocolos das cirurgias retificadoras do sexo. Ainda no segundo capítulo, foi utilizada a perspectiva de George Canguilhem e Thomas Kuhn para compreender que os conceitos de normalidades e anormalidade são políticos e culturais e não biológicos ou naturais objetivando a discussão sobre a despatologização da intersexualidade. No terceiro, e último capítulo, foi realizada a discussão sobre como o Direito legitima o binarismo sexual amparado cientificamente no discurso biomédico e como a prática das cirurgias que definem o sexo nas pessoas intersexuais ferem a dignidade humana a partir da análise dos princípios que norteiam a Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos. Nas considerações finais constata-se que a impotência da pessoa humana diante da rigidez do destino biológico, transforma a vida humana em um determinismo irrefutável e inflexível, incompatível, portanto, com o princípio da dignidade da pessoa humana que justifica a teoria dos direitos humanos.
Canguçú-Campinho, Ana Karina Figueira, and Isabel Maria Sampaio Oliveira Lima. "A construção dialógica da identidade em pessoas intersexuais: o x e o y da questão." reponame:Repositório Institucional da UFBA, 2013. http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/11874.
Full textMade available in DSpace on 2013-06-11T18:05:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese_ICS_ Ana Karina Canguçú-Campinho.pdf: 1501549 bytes, checksum: 6f64c774c0da1576bd822dea8be553df (MD5)
O advento do nascimento repercute de forma direta na dinâmica da família, que, ao se deparar com a indefinição dos genitais, tem suas expectativas em torno da criança, nesse primeiro momento frustradas. Os significados antes construídos para referir-se à criança tornam-se inadequados, surgindo a necessidade de criar outros que possam expressar a sua existência. A existência de uma criança intersexual também se configura como um desafio para os profissionais de saúde, seja pela necessidade de ampliação do conhecimento sobre os mecanismos que influenciam a formação da identidade, seja pela necessidade de discussão sobre as questões éticas próprias ao atendimento a estas pessoas. É na intersecção entre estes dois contextos: familiar e médico que se configura e se reconfigura a identidade da pessoa intersexual. O presente estudo pretendeu compreender: como os significados e práticas de cuidado em saúde participam da configuração da identidade em pessoas intersexuais, e como a pessoa intersexual experiência e configura seu senso de identidade na interlocução com o outro. Esta tese é composta de três artigos: o primeiro artigo envolveu uma revisão de literatura com o objetivo de esboçar o estado da arte, tanto dos estudos sobre a identidade quanto dos estudos sobre a intersexualidade, lapidando o objeto de estudo: construção de identidade em pessoas intersexuais. Realizaram-se buscas em portais eletrônicos (CAPES e Scielo) e em websites (SAGE). Foram encontrados 28 artigos que incluíam como descritores as seguintes palavras chaves: intersexualidade e identidade, intersexo e identidade (em inglês e português). No entanto, ao analisar o conteúdo dos artigos, constatou-se que, na maioria das vezes, a identidade não é abordada como objeto principal, sendo tratada como tema paralelo. As reflexões teóricas da Psicologia e do Feminismo nortearam produções de outras disciplinas como a Sociologia, a Arqueologia e Teologia. A Psicologia destacou aspectos subjetivos ligados ao intersexual, à influência do ciclo de vida e a experiência do próprio intersexual. A perspectiva feminista destacou a identidade de gênero e a influência dos discursos dominantes na formatação do sexo e gênero. A cirurgia cosmética foi veementemente criticada. Foram identificados dois posicionamentos distintos do feminismo em relação ao intersexo: uma posição percebe o intersexual como uma terceira categoria de gênero enquanto outra posição acredita que criar outra categoria de gênero não resolve a questão das hierarquias e dominação ente gêneros. A relevância da cultura e os discursos sociais na construção da identidade do intersexual foram destacados nos estudos, em todos esses campos disciplinares. O segundo e o terceiro artigo priorizaram as observações dos atendimentos médicos e as entrevistas com os profissionais médicos do serviço de genética da UFBA. O segundo artigo analisou os significados sobre a pessoa intersexual expressos e elaborados pela família e profissionais de saúde quanto ao sexo, gênero e sexualidade e os resultados do artigo apontam para a coexistência da perspectiva biomédica e da integralidade no que se refere à visão sobre a pessoa intersexual.A intersexualidade é configurada especialmente pelo saber médico, que a classifica como uma má formação congênita, uma anormalidade, um erro. O intersexual passa a ser visto a partir da dimensão orgânica, perdendo-se a perspectiva da pessoa como um todo. O corpo intersexual expressa a ambivalência e a tênue fronteira entre os gêneros; há um temor de que o corpo materialmente ambíguo possibilite uma identidade ambivalente. Neste sentido, ocorrem dois movimentos principais: a desvalorização semiótica da ambigüidade através da noção de intolerância assimilativa proposta por Valsiner (2007) e intervenção corporal através das cirurgias “reparadoras” nos órgãos sexuais. Entre os médicos, houve a utilização de metáforas na tentativa de integrar a visão de intersexo às novas concepções de sexo e gênero. A visão de gênero e sexo tradicional também é questionada surgindo uma concepção ainda linear, mas multifatorial. Descreve-se uma escada, em que cada um destes elementos funciona como degraus para determinação do sexo.Em relação à identidade de gênero, esta é considerada como um produto das crenças, desejos e expectativas familiares, mais do que uma dimensão singular do sujeito. Compreende-se a identidade, aqui, como um processo maleável que se configura na interdependência entre o contexto familiar e o corpo. O terceiro artigo teve como objetivo principal analisar as práticas em saúde direcionadas à pessoa intersexual, enfatizando a relação entre a família, os profissionais de saúde e a pessoa intersexual. Os resultados revelaram que as práticas em saúde direcionadas para esta população específica organizam-se em torno de três dimensões do cuidado: capacidade técnica, disposição afetiva e garantia de direitos. Ainda que a visão técnica apresente-se como dominante, percebem-se movimentos no sentido de incorporar a dimensão afetiva e do direito nas práticas de atendimento às pessoas intersexuais e sua família. Na condição de intersexo, a medicalização toma grandes proporções ao impactar não só nas rotinas de vida, na forma de criação dos filhos, nas relações sociais, na redução da privacidade corporal, mas na própria construção da identidade destas pessoas. O quarto artigo foi elaborado a partir das entrevistas realizadas com as pessoas intersexuais assistidas pelo mesmo serviço de genética e teve como objetivo analisar a construção da identidade em pessoas intersexuais a partir da Teoria do Self Dialógico. Os resultados apontaram que tanto as vozes dos familiares, amigos, vizinhos, profissionais de saúde, como seus silêncios, possuíram um importante papel na configuração da identidade ao participar como mediadores na construção de significados sobre o corpo. O silenciamento familiar sobre a história destas pessoas foi compreendido como forma de protegê-las do sofrimento que o “saber” poderia promover. No entanto, este silenciamento diante do evento do nascimento e a existência de um corpo dito “ambíguo” possibilitou a construção de significados ambivalentes sobre identidade de gênero. O corpo foi compreendido como ambivalente, sendo rejeitado pelo outro e em parte pela própria pessoa. A aceitação do corpo ocorre na medida em que este é modificado por medicamentos ou cirurgias. O processo de construção da identidade envolveu diversas posições de Eu: Eu-diferente, Eu-igual/semelhante, Eu-doente. Outras posições de Eu se configuraram enquanto estratégias de manejo de tensões: Eu- singular, Eu-mulher diferente / Eu- homem diferente, Eu-Ausente/Alienado, Eu-desempregado(a), Eu-isolado(a) e Eu- em transformação. A identidade é assim dialogicamente construída e envolve descontinuidades, mas se direciona, principalmente, para a construção de um sentimento de estabilidade do self. O Eu-diferente/singular aparece como uma posição central do self, regulando outros posicionamentos e orientando o processo de construção da identidade. Conclusão A experiência tanto da pessoa nascida intersexual quanto da sua família é então configurada no encontro com saberes e poderes próprios ao campo da medicina, ensejando a coexistência de um olhar prioritariamente biológico e um outro olhar que inclui outras dimensões da pessoa como: sentimentos, valores e experiência. O senso de si é então elaborado a partir da negociação de sentidos familiares e médicos sobre o corpo e gênero, mas envolve uma dimensão pessoal que organiza e dá sentido às experiências tornando-as base para a configuração da identidade.
Salvador
Machado, Paula Sandrine. "O sexo dos anjos : representações e práticas em torno do gerenciamento sociomédico e cotidiano da intersexualidade." reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, 2008. http://hdl.handle.net/10183/14947.
Full textEste estudo busca analisar o gerenciamento sociomédico e cotidiano da intersexualidade, bem como as representações e as práticas sociais acionadas nas decisões envolvendo a designação do sexo em crianças intersex. De um lado, tratase de compreender as perspectivas, práticas e discursos de profissionais de saúde e, de outro, aqueles das famílias e jovens intersex. A partir da etnografia realizada em dois hospitais (um hospital brasileiro e outro francês), examino de que modo diferentes argumentos (hormonais, genéticos, sociais, morfológicos, psicológicos, entre outros) concorrem para as tomadas de decisão, de que forma acontece a organização do trabalho coletivo e as relações entre as diferentes especialidades médicas. No que se refere às famílias de crianças/jovens intersex e aos próprios jovens, analiso a maneira como estão inseridos nessas negociações, a forma de se relacionarem com a lógica biomédica, como percebem o corpo intersex e lidam cotidianamente com a intersexualidade. A pesquisa revela que, no contexto das decisões, o sexo surge enquanto uma “categoria médico-diagnóstica”, construída a partir de uma combinação de diferentes elementos. Há um tratamento mais ou menos homogêneo da questão no Brasil e na França e, embora se possa identificar ênfases diferenciadas em relação a determinados aspectos envolvidos nas decisões, nos dois contextos a genética e a biologia molecular vêm ganhando cada vez mais importância no processo. Identificam-se, ainda, embates em torno da nomenclatura “intersex”, os quais, entre outros aspectos, apontam para as “ambigüidades” e tensões que rondam a temática. Finalmente, o estudo demonstra que nem sempre as famílias e as pessoas intersex compartilham com os médicos a mesma perspectiva ou os mesmos critérios de classificação do sexo. Entre outras questões, no decorrer das trajetórias de “correções” e “regulações” corporais denuncia-se a insuficiência de um modelo que prevê categorias sexuais dicotômicas. Ao interpelar essas dicotomias, os debates em torno da intersexualidade escrutinam os limites ético-teóricos que circunscrevem o campo da bioética e dos direitos sexuais enquanto direitos humanos. Além disso, concorrem para a revisão de outras categorias binárias como sexo versus gênero, natureza versus cultura, verdadeiro versus artificial e humano versus não humano.
This study seeks to analyze the sociomedical and day-to-day management of intersexuality, as well as the representations and social practices brought into action in decisions involving sex assignment with intersex children. On the one hand, it aims to understand the perspectives, practices and discourses of health professionals and on the other, those of intersex youth and their families. Starting from an ethnography carried out in one Brazilian and one French hospital, I examine how different arguments (hormonal, genetic, social, morphological, psychological, among others) compete during decision making, in what ways collective work organization takes place and the relationships between the different medical specialties. Regarding the families of intersex children/youth and the young people themselves, I analyze the manner in which they are inserted into these negotiations, the way they are related to the biomedical logic, how they perceive the intersex body and how they deal with intersexuality in their day-to-day lives. The research reveals that sex arises as a “medical-diagnostic category” in the decision making context and that it is constructed from a combination of elements. In both Brazil and France, the question is given a more or less homogeneous treatment; although it is possible to identify some differences in emphases regarding specific aspects involved in the decisions, in both countries genetics and molecular biology have become increasingly important in the process. There are conflicts around the use of "intersex" nomenclature as well, which point to the "ambiguities" and tension surrounding the theme. Finally, the study demonstrates that intersex people and their families do not always hold the same perspectives or use the same sex classification criteria as doctors do. Among other questions, over the course of the various bodily “corrections” and “regulations”, the insufficiency of a model in which the categories are based on a sexual dichotomy is revealed. By questioning these dichotomies, the debates around intersexuality scrutinize the ethical-theoretical limits which circumscribe the field of bioethics and of sexual rights as human rights. Moreover, they compete for a revision of other binary categories, such as sex versus gender, nature versus culture, real versus artificial and human versus non-human.
Sant'Anna, Bruno Sampaio [UNESP]. "Assimilação, depuração e contaminação do ermitão Clibanarius vittatus pelo poluente Tributilestanho (TBT) e sua relação com a intersexualidade em ermitões." Universidade Estadual Paulista (UNESP), 2011. http://hdl.handle.net/11449/106566.
Full textFundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
A causa da intersexualidade em ermitões ainda é desconhecida. No presente estudo foi avaliada a relação entre a intersexualidade em ermitões e o poluente disruptor endócrino tributilestanho (TBT), como registrado para gastrópodes. A contaminação em populações naturais do ermitão Clibanarius vittatus também foi investigada. Compostos butílicos (Bts) foram determinados em tecidos de ermitões e sedimentos usando cromatografia gasosa e análises morfológicas foram desenvolvidas por histologia e microscopia eletrônica, em amostras provenientes da natureza e de experimentos controlados. A avaliação do ambiente mostrou que localidades com e sem atividades portuárias estão contaminadas com elevadas concentrações de Bts, mesmo após o banimento do TBT. Estes dados indicam que Bts continuam sendo liberados no ambiente ou que estes compostos estão acumulados em diferentes compartimentos do ambiente. O registro de ermitões contaminados por Bts em muitos locais onde não foram detectados no sedimento sugere que ermitões são melhores indicadores de Bts do que sedimentos, porque não representam apenas a contaminação pontual. Além disso, os experimentos revelaram que a principal forma de assimilação do TBT por C. vittatus é proveniente da alimentação. Em adição, a rápida depuração do TBT, o hábito de vida em regiões estuarinas, tamanho relativamente grande, longo ciclo de vida e sua baixa mobilidade faz dessa espécie e de ermitões estuarinos em geral bons candidatos a indicadores de contaminação recente de TBT. As análises morfológicas mostraram que indivíduos intersexo apresentaram gônadas funcionais de macho e fêmea no mesmo indivíduo. Estes dados confirmam que ermitões intersexo podem reproduzir como machos ou fêmeas suportando a hipótese de que eles podem ser parte de um processo hermafrodita verdadeiro. A hipótese de que o TBT está relacionado...
The causes of intersexuality in hermit crabs are still unknown. This study was carried out to evaluate the relationship between intersexuality and endocrine disruption caused by tributyltin (TBT) pollution, as previously reported for gastropods. In addition, it was also investigated the TBT contamination in natural populations of the hermit crab Clibanarius vittatus. Butiltins (Bts) in hermit crabs tissues and sediments were analysed by gas chromatography and the morphological analysis was carried out by histology and scanning electron microscopy using samples from both nature and controlled experiments. The evaluation of contamination in nature showed that localities with and without harbor activities are contaminated by high concentrations of Bts, even though the ban regulamentation of TBT. These data indicate that Bts compounds are still being released in the environment or they are accumulated in different environmental compartments. The record of contaminated hermit crabs by BTs in many places where contaminated sediments by BTs was not detected suggest that hermit crabs are better indicators of BTs than sediments, because of their contamination was not only represented punctually. Furthermore, the controlled experiments in laboratory showed that, the main TBT uptake pathway for C. vittatus is from food. In addition, the fast depuration of TBT, estuarine habitat, relatively large body sizes, long life spans, and relatively low mobility make this species and estuarine hermit crabs in general very good candidates as indicators of recent or recycled TBT contamination. The morphological analyses showed that the intersex individuals developed functional male and female gonads in the same individual. These data confirmed that intersex hermit crabs can reproduce as males or females supporting the hypothesis that they may be part of a true sequential hermaphroditic process... (Complete abstract click electronic access below)
Costa, Anacely Guimarães. "Fé cega, faca amolada: reflexões acerca da assistência médico-cirúrgica à intersexualidade na cidade do Rio de Janeiro." Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2014. http://www.bdtd.uerj.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=7075.
Full textEste trabalho teve como objetivo refletir sobre o protocolo médico dispensado à intersexualidade. Os nascimentos de bebês intersex vêm sendo entendidos como urgências biológicas e sociais, naturalizando-se uma necessidade cirúrgica durante a infância. As operações pretendem fixar anatomicamente o padrão masculino ou feminino hegemônico para que não haja equívocos na atribuição de sexo/gênero. No entanto, este tipo de solução não é consensual fora do campo biomédico e em diferentes esferas sociais, acadêmicas, ativistas e operadores da justiça, levantam-se questões no que concerne às normalizações em genitálias de crianças e adolescentes intersexuais. Partindo das divergências a respeito dos procedimentos precoces, esta pesquisa pretendeu compreender os argumentos, biológicos e sociais, acionados para sustentar a prática cirúrgica normalizadora de genitais considerados fora do padrão standart masculino ou feminino. Para tal, foram realizadas entrevistas com nove profissionais de saúde que prestam assistência a pessoas intersexuais e suas famílias na cidade do Rio de Janeiro. Como estratégia complementar, foi feito um levantamento bibliográfico na literatura especializada brasileira acerca de estudos longitudinais sobre os resultados cirúrgicos. A partir deste material, buscou-se refletir sobre as concepções de gênero e sexualidade que orientam o tratamento e sobre como tais concepções se articulam às definições de saúde oferecidas por esses profissionais para justificar os procedimentos corretivos. A análise permitiu refletir acerca da prática médica local, demonstrando que a atenção oferecida a estas pessoas se articula a uma vulnerabilidade social a partir de outros marcadores (classe, origem regional). Além disso, a promessa de restauração da normalidade via intervenção cirúrgica não se reflete nos estudos longitudinais que, além de escassos, trazem indicadores inconsistentes e imprecisos.
This thesis meditates upon the medical care and surgical intervention in intersexual patients. The birth of intersex children is treated as a biological and social urgency and, as a consequence, surgical correction has been the forefront response to such cases. These types of interventions intend to fix anatomical anomalies in order to make an unequivocal correspondence between sex and gender. In this sense, surgical intervention thrives to achieve the hegemonic pattern of male and female sex assignment. However, this kind of solution is not consensual outside the biomedical field and numerous social groups, scientists, activists and justice operators rise up to question the normalization of genitals in intersexual adolescents and children. Taking into account those differences of opinions, this research focused on the arguments, be they biological or sociological, used to sustain the medical practice of surgical reparation of genitals considered to deviate from the male and female pattern. Nine health professionals that provide care to intersexual patients and their families in the city of Rio de Janeiro were interviewed. As another complementary strategy, the specialized literature up to date was assessed, particularly longitudinal studies regarding the consequences of surgical intervention. Henceforth, we analyze how the conceptions of gender and sexuality impact treatment of intersexual patients and how these same conceptions articulate with notions of health and care to justify corrective surgery. This approach to the medical practice also allowed us to perceive the way that medical care interacts with social vulnerabilities and other types of social markers, such as class and regional upbringing. Furthermore, the promise of restoring normality via surgical intervention is not reflected in the longitudinal studies which, by itself, are already scarce and also have inconsistent and imprecise indicators.
Canguçú-Campinho, Ana Karina Figueira. "Aspectos da construção da maternidade em mulheres com filhos intersexuais." Programa de pós-graduação em saúde coletiva, 2008. http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/10307.
Full textSubmitted by Santiago Fabio (fabio.ssantiago@hotmail.com) on 2013-04-24T20:41:56Z No. of bitstreams: 1 4444444.pdf: 1677012 bytes, checksum: 9d530e43fc4a0311c1c0bbae08e64092 (MD5)
Approved for entry into archive by Maria Creuza Silva(mariakreuza@yahoo.com.br) on 2013-05-04T17:00:19Z (GMT) No. of bitstreams: 1 4444444.pdf: 1677012 bytes, checksum: 9d530e43fc4a0311c1c0bbae08e64092 (MD5)
Made available in DSpace on 2013-05-04T17:00:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 4444444.pdf: 1677012 bytes, checksum: 9d530e43fc4a0311c1c0bbae08e64092 (MD5) Previous issue date: 2008
O nascimento de uma criança promove modificações relevantes no contexto da família. Na condição de intersexualidade as transformações se tornam ainda mais expressivas, desestabilizando a dinâmica familiar e a definição de papéis parentais. A maternidade se constrói em um ambiente de incertezas e especulações quanto ao sexo e gênero da criança. Este dissertação é composta de dois artigos. O primeiro intitula-se “O discurso biomédico e o da construção social na pesquisa sobre intersexualidade” e realiza uma revisão de literatura sobre as publicações de Medicina, Psicologia, Ciências Sociais e Direito/Ativismo Político que enfocam o tema da intersexualidade. As publicações foram analisadas segundo o contexto, área/disciplina, tipo de artigo, metodologia do estudo e conteúdo. O segundo artigo intitulado “Ambivalências na transição para maternidade: a chegada de uma criança intersexual” teve como objetivo analisar as especificidades do processo de construção da maternidade diante do nascimento de criança intersexual. Metodologia Estudo qualitativo selecionando mães de crianças com diagnóstico de Hiperplasia Adrenal Congênita, um das etiologias da intersexualidade, acompanhadas pelo Setor de Genética / HUPES/UFBA. Foram realizadas entrevistas narrativas com 12 (doze) mães e o levantamento de dados sócio-demográficos, história familiar e rede social de apoio mediante questionário. Resultados A dinâmica da ambivalência se apresentou como transversal a todo o processo de construção da maternidade, inscrita no próprio corpo da criança, nas crenças sobre o intersexo, atravessando a definição da identidade de gênero, os sentimentos maternos sobre a criança, as estratégias de cuidado, além da própria vivência da maternidade. Em relação aos sentimentos maternos sobre a criança, existiu uma oscilação da raiva à resignação. As crenças sobre a intersexualidade incluíram: cura espontânea, defeito corporal e doença. O lugar social do intersexual encontra-se em construção e envolve a percepção de normalidade e anormalidade, além da crença na existência dos dois sexos em um único ser. A rede social tanto apóia como limita a família. Algumas mães buscaram apoio de parentes mais próximos na realização de cuidados específicos à criança, outras, diante da incerteza em relação ao gênero da criança, priorizaram a proteção e o sigilo. Conclusão A transição para maternidade, apesar de envolver um evento não normativo, exige um alto grau de empoderamento materno no cuidado à criança. Essas mães são desafiadas a construir um lugar social para sua criança e utilizam tanto a revelação como o segredo sobre a situação de intersexualidade. A maternidade representa o eixo central da vida dessas mulheres. A maternidade, nesta condição, se constrói através da negociação de significados sobre o corpo e sobre o gênero proveniente do âmbito familiar e do discurso biomédico.
Salvador
Books on the topic "Intersexualidade"
Chaves, Antônio. Direito à vida e ao próprio corpo: Intersexualidade, transexualidade, transplantes. 2nd ed. São Paulo, SP, Brasil: Editora Revista dos Tribunais, 1994.
Find full textChaves, Antônio. Direito à vida e ao próprio corpo: Intersexualidade, transexualidade, transplantes. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1986.
Find full textUn cuerpo, mil sexos: Intersexualidades. Capital Federal [Argentina]: Topía Editorial, 2010.
Find full textBook chapters on the topic "Intersexualidade"
Canguçu-Campinho, Ana Karina, Isabel Maria Sampaio Oliveira Lima, and Andrea Santana Leone de Souza. "GÊNERO E INTERSEXUALIDADE: PARA ALÉM DAHETERONORMATIVIDADE." In Temas da Diversidade: Experiências e Práticas de Pesquisa, 359–66. Editora Científica Digital, 2021. http://dx.doi.org/10.37885/201102013.
Full textAraújo, Gustavo Manoel Rocha, and Rafael Rodolfo Tomaz de Lima. "A INTERSEXUALIDADE E A POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DE LÉSBICAS, GAYS, BISSEXUAIS, TRAVESTIS E TRANSEXUAIS (LGBT)." In AMPLAMENTE: GÊNERO E DIVERSIDADE, 10–26. Amplamente Cursos e Formação Continuada, 2020. http://dx.doi.org/10.47538/ac-2020.16-01.
Full textFreitas, Janaína, and Paula Sandrine Machado. "Intersexualidades, bioética e negociações técnico-políticas." In Direitos em disputa: LGBTI+, poder e diferença no Brasil contemporâneo, 493–510. Editora da Unicamp, 2020. http://dx.doi.org/10.7476/9786586253726.0021.
Full text"LA FRONTERA: TRAVESTISMO, TRANSEXUALIDAD E INTERSEXUALIDAD EN EL CINE ARGENTINO." In Cine argentino contemporáneo, 301–22. Vervuert Verlagsgesellschaft, 2016. http://dx.doi.org/10.31819/9783954878536-017.
Full textAlonso, María Toscano. "LA INTERSEXUALIDAD A TRAVÉS DE LAS SERIES FICCIONALES DE TEMÁTICA MÉDICA:." In El mundo a través de las palabras. Lenguaje, género y comunicación, 161–66. Dykinson, 2020. http://dx.doi.org/10.2307/j.ctv105bcsb.16.
Full textMasegosa, Antonio Nadal. "Formación e información sobre transexualidad, transgeneridad e intersexualidad en la web de la Universidad de Málaga." In Comunicación de las identidades sexo-genéricas. Resistencias y avances en derechos y libertades, 39–45. Dykinson, 2019. http://dx.doi.org/10.2307/j.ctv105bcww.7.
Full textConference papers on the topic "Intersexualidade"
Dias, F., and A. O. Almeida. "INTERSEXUALIDADE NUMA POPULAÇÃO DO CAMARÃO ESCAVADOR UPOGEBIA OMISSA GOMES CORRÊA, 1968 (DECAPODA: UPOGEBIIDAE) DO NORDESTE DO BRASIL." In X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos. Sociedade Brasileira de Carcinologia, 2018. http://dx.doi.org/10.21826/2178-7581x2018196.
Full textPolate Cabral, Carulini, Alexsanderson Zanon de Oliveira Melo, José Guilherme Campos Barreto Rodrigues, and Tauã Lima Verdan Rangel. "INTERSEXUALIDADE EM UMA DINÂMICA DE CONTRAPOSIÇÃO À BINÁRIEDADE: O CORPO COMO ESTRUTURA DE BIOPODER EM UM CENÁRIO DE AFIRMAÇÃO DE DIREITOS SEXUAIS." In CONINTER 2020. Even3, 2020. http://dx.doi.org/10.29327/coninter2020.295681.
Full text