Academic literature on the topic 'Obra Pía de los Santos Lugares'

Create a spot-on reference in APA, MLA, Chicago, Harvard, and other styles

Select a source type:

Consult the lists of relevant articles, books, theses, conference reports, and other scholarly sources on the topic 'Obra Pía de los Santos Lugares.'

Next to every source in the list of references, there is an 'Add to bibliography' button. Press on it, and we will generate automatically the bibliographic reference to the chosen work in the citation style you need: APA, MLA, Harvard, Chicago, Vancouver, etc.

You can also download the full text of the academic publication as pdf and read online its abstract whenever available in the metadata.

Journal articles on the topic "Obra Pía de los Santos Lugares"

1

Castro, Jânio Roque Barros de. "Paisagens e visões míticas, questões de gênero e a cidade no romance "Mar Morto", de Jorge Amado / Landscapes and mythical views, gender issues and the city on “Dead Sea”, a novel by Jorge Amado." Geograficidade 5, no. 2 (August 11, 2015): 38. http://dx.doi.org/10.22409/geograficidade2015.52.a12943.

Full text
Abstract:
No presente texto, analisa-se o livro Mar morto, uma obra literária do consagrado escritor Jorge Amado, publicada em meados década de 1930, que trata da trama romântica entre o pescador Guma e Lívia. Inicialmente, faz-se uma discussão sobre a relação entre o além e as divindades e os espaços / lugares reais onde a trama foi cenarizada, com destaque para a Baía de Todos os Santos e seu entorno. Posteriormente analisam-se as abordagens do autor acerca do papel da mulher nessa obra, que transita da submissão da sociedade machista da época, passando pela rebeldia daquelas que subvertem essa situação e se estende até a divinização feminina com forte dimensão mítica. Por último, além do romance Mar morto, faz-se uso de alguns trechos do livro Baía de Todos os Santos para se tematizar e problematizar as leituras sobre cidade, com especial ênfase em Salvador.
APA, Harvard, Vancouver, ISO, and other styles
2

Silva Dias Carlos, Nara Lidiana, Lígia Pessoa Silva, and Olívia Morais de Medeiros Neta. "Centenário da Lei de 15 de outubro de 1827: um lugar de memória." Research, Society and Development 7, no. 10 (May 28, 2018): e1710415. http://dx.doi.org/10.17648/rsd-v7i10.415.

Full text
Abstract:
Neste trabalho, busca-se estudar a celebração do centenário da Lei de 15 de outubro de 1827 no Rio Grande do Norte a partir da obra de Nestor dos Santos Lima “Um século de ensino primário” e do Álbum de Fotografias do Instituto Histórico Geográfico do Rio Grande do Norte: “Escola Normal” de 1927 que registra as comemorações ao centenário da Lei, no supracitado Estado. A Lei de 1827 instituiu a educação pública no país e determinou que em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos haveria quantas escolas de primeiras letras fossem necessárias. Esta pesquisa trata de um estudo de revisão bibliográfica e documental, considerando para a análise os entendimentos teóricos de Nora sobre os lugares de memória e Le Goff acerca de documento-monumento. No processo de compreensão e investigação do objetivo de estudo, questiona-se: como ocorreu a celebração do centenário da Lei de 15 de outubro de 1827 no Rio Grande do Norte? Ou ainda, qual foi o objetivo do Rio Grande do Norte em celebrar o centenário da Lei de 15 de Outubro de 1827, uma vez que a obra citada acima foi produzida por encomenda do próprio Estado? Os resultados parciais da pesquisa indicam que esta celebração constitui um lugar de memória, pondo a figura do Nestor dos Santos Lima no centro da história da educação do Rio Grande do Norte, ao mesmo tempo em que produz uma demarcação para o campo da educação, mais especificamente no ensino primário.
APA, Harvard, Vancouver, ISO, and other styles
3

Carvalho, Caio Silva, and Silvana Maria Pantoja dos Santos. "EXPERIÊNCIAS URBANAS E MEMÓRIAS EM MÃOS DE CAVALO, DE DANIEL GALERA." REVISTA DE LETRAS - JUÇARA 2, no. 1 (July 31, 2018): 129–39. http://dx.doi.org/10.18817/rlj.v2i1.1611.

Full text
Abstract:
O espaço literário não é meramente um elemento que completa a narrativa, mas é algo dotado de complexidades que completam a identidade dos personagens, bem como o significado de um enredo. A memória, por sua vez, se encarrega de guardar as emoções, sentimentos, particularidades dos personagens. Diante disso, o presente trabalho objetiva analisar a relação entre memória e experiência urbana na obra Mãos de Cavalo, do escritor Daniel Galera, a partir dos lugares de referência. Temos como referências básicas os seguintes pressupostos teóricos: no que se concerne à memória, adotamos o pensamento de Maurice Halbwachs (2006), Jacques LeGoff (1996), Ecléa Bosi (2003); quanto ao espaço, amparamo-nos na visão de Osmar Lins (1976) e Oliveira e Santos (2001). Assim, o entrelace entre a memória dos personagens da trama com os espaços de vivências, suscita a valorização dos lugares da cidade que guardam histórias individuais e coletivas.
APA, Harvard, Vancouver, ISO, and other styles
4

Sola, Juan A. Estévez. "Fuentes Menores del Chronicon Mundi de Lucas de Tuy y un Apéndice de Pedro Coméstor." Traditio 61 (2006): 167–93. http://dx.doi.org/10.1017/s0362152900002889.

Full text
Abstract:
El objetivo del presente artículo es poner de manifiesto algunas fuentes hasta ahora no señaladas del libro 1 del Chronicon Mundi de Lucas de Tuy. Esta obra es la primera de las grandes obras historiográficas hispanolatinas del s. XIII. La comienza a redactar su autor a partir de 1230 y la concluye hacia 1237. Sólo nueve años más tarde, y tomándola ya de fuente para muchos de sus capítulos, el arzobispo de Toledo Rodrigo Jiménez de Rada concluye su De rebus Hispanie, la segunda de las grandes historias escritas en el siglo XIII. Lucas de Tuy, nacido en León posiblemente y a finales del s. XII, fue diácono del monasterio San Isidoro de Léon y posteriormente canónigo. Viajó a lo largo de su vida por muchos lugares, París, Roma, Grecia e incluso Constantinopla y los Santos Lugares. En 1239 fue nombrado obispo de Tuy, junto al río Miño, en la frontera con Portugal, de donde el gentilicio de Tudense. De su mano salieron el mencionado Chronicon Mundi y otras dos obras más: el De altera vita, conocido también como Adversus albigensium errores libri III, pero que en realidad más que ir contra posibles albigenses leoneses, en realidad versa sobre un conjunto de filósofos de León autoproclamados “filosofos naturales,” cuyos nombres nos resultan desconocidos y seguidores del averroísmo más avanzado, y ello mucho antes del apogeo del averroísmo en Europa; y el De miraculis sancti Isidori, obra sobre los milagros del santo obispo de Sevilla, en razón de la cual se le han atribuido la Historia translationis sancti Isidori y una Vita sancti Isidori. Pero su obra fundamental, al menos por lo que a la historiografía se refiere, es el Chronicon Mundi.
APA, Harvard, Vancouver, ISO, and other styles
5

Mattos, Marina Baltazar, and Rogério Meira Coelho. "FAVORITE GAME OU A POESIA NÃO CABE MAIS DENTRO DA VULVA DO POEMA." Organon 34, no. 67 (December 9, 2019): 1–13. http://dx.doi.org/10.22456/2238-8915.97035.

Full text
Abstract:
O presente ensaio busca pensar as novas configurações que a palavra poética tem encontrado para se espalhar, expandindo-se para além dos lugares e formas tradicionalmente resguardados para ela. Para isso, parte-se de abordagens e perspectivas teóricas, como Literatura expandida (PATO, 2012), arte e escritura expandidas (SANTOS; REZENDE, 2011) e “literatura fora de si” (GARRAMUÑO, 2014, p.43), em uma tentativa de elaborar fenômenos como a incorporação da palavra por artistas plásticos e o Slam, que vêm atravessando nosso contemporâneo. Especificamente a obra Favorite Game (1990), do artista plástico José Leonilson, e Lírica de uma favelada (2018), da slammer Nívea Sabino, servirão como mote para se analisar como a palavra desborda as fronteiras do livro e se faz presente em obras plásticas, que também podem ser lidas como inscrições poéticas, e na rua, espaço para livre criação poética.PALAVRAS-CHAVE: Literatura expandida; José Leonilson; Slam; Nívea Sabino.
APA, Harvard, Vancouver, ISO, and other styles
6

Xavier, Donizete José. "A Teologia e os Novos Areopágos (os lugares teológicos)." Revista de Cultura Teológica, no. 93 (June 30, 2019): 1–6. http://dx.doi.org/10.23925/rct.i93.43751.

Full text
Abstract:
Perguntar pelo lugar ou lugares da teologia é perguntar pela sua natureza e seus fundamentos. É discernir seus novos Areópagos, lugares eclesiais, sociais e históricos que oferecem garantias para que a revelação de Deus seja ouvida e acolhida. É buscar a racionabilidade de uma fé que se articule com a elaboração intelectual de uma reflexão coerente e significativa, a todos que acolhem, imaginativamente e com esperança, a relação dialógica e amorosa entre Deus e a pessoa humana. Hoje somos, cada vez mais, conscientes de que a teologia existe, germinalmente, em tantos lugares onde a Palavra de Deus é dirigida ao ser humano e acolhida eticamente por ele. Diante disso, a teologia não pode deixar, à margem da sua reflexão, o conteúdo fecundo que uma experiência cultural lhe oferece. Ela deve reencontrar o significado das praças públicas como lugar onde se agitam as questões pertinentes que indagam e preocupam toda a sociedade em que vivemos. Esperamos que os textos que compõem o presente volume da nossa revista possam contribuir para uma discussão profunda, motivada pelo desejo de acolher uma experiência cultural e eclesiológica em diálogo e continuidade crítica com as situações de injustiças e os apelos dos “sinais dos tempos”. Nessa perspectiva, Susana Vilas Boas, da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa em Braga e membra da European Society for Catholic Theology, em seu artigo Catéchèse de l'expérience: un défi pour nos jours, aborda a questão da pastoral e do método catequético como um grande desafio para as comunidades eclesiais e para a Igreja Universal. A partir de várias perguntas de cunho pastoral, a autora procura demonstrar diferentes caminhos para uma catequese que possa estabelecer uma relação estreita entre a realidade atual, a pedagogia divina e a identidade cristã. O artigo se pauta em uma perspectiva de esperança e de abertura à ação de Deus como manifestação, força e vida das comunidades de fé. A autora Maria de Lurdes Correa Lima, em seu artigo Culto no Israel do Norte, no século VIII a.C.: a concepção do livro de Oseias, ressalta que os textos do profeta dão acesso à compreensão, na ótica do livro, da situação religiosa do Israel do Norte no século VIII a.C. Considerado o contexto literário, a análise terminológica permite identificar três formas de culto criticadas pelo profeta e, com isso, delinear os critérios principais que orientam suas palavras: a importância da instrução sacerdotal acerca das tradições israelitas e o “conhecimento de Deus”. Danilo Dourado Guerra, em Apontamentos sobre cristologia joanina: pressupostos epistemológicos da saga cristológica do herói do quarto evangelho, procura fornecer alguns substratos teóricos interpretativos para um ensaio de decodificação da enigmática face do Jesus apresentado no Quarto Evangelho. O primeiro substrato teórico a ser apontado diz respeito ao âmbito dialógico entre a cristologia joanina e o restante do arcabouço cristológico neotestamentário. A segunda camada teórico-interpretativa abordada alude aos vetores interpretativos circunstanciais da vida da comunidade joanina, que corroboram ou influenciam na construção da imagem do herói do Evangelho. Gilvan Leite de Araujo, em Maria Madalena, reafirma que a personagem emblemática do Quarto Evangelho pertence ao imaginário popular e tem servido de inspiração para romances e pinturas, entre tantos outros. Habitualmente, é concebida como uma prostituta que teria se arrependido e lavado os pés de Jesus. Sabe-se que foi a primeira pessoa a ver o Ressuscitado, segundo as narrativas evangélicas. No Quarto Evangelho, é apresentada nas narrativas da paixão e da ressurreição. O autor se ocupa em perguntar: quem, de fato, é essa extraordinária mulher na ótica joanina? Passando pelos Evangelhos Sinóticos, procura situar a figura de Maria Madalena no Quarto Evangelho, fornecendo melhor compreensão dessa intrigante mulher.Heitor Carlos Santos Utrini nos fala do sonho de uma “Igreja Samaritana”. Analisando a perícope de Lc 10,25-37 como paradigma do agir cristão a partir do Documento de Aparecida, ressalta que, entre todos os textos bíblicos citados pelo Documento de Aparecida, a passagem do “Bom Samaritano” funciona como chave de leitura para o texto. Por outro lado, a própria Igreja, em sua estrutura, é atingida por esse apelo ético-evangélico. Hernane Santos Módena e Ney de Souza, em Medellín e a “Pastoral popular”: A evangelização a partir da base, abordam, de forma analítica o documento sobre a Pastoral Popular, produzido pela II Conferência do Episcopado Latino-Americano em Medellín – Colômbia. O texto evidencia como as inversões eclesiológicas presentes nos documentos do Vaticano II foram decisivas e fundamentais para uma nova relação da Igreja com o mundo contemporâneo. Na América Latina, Medellín, além de acolher as decisões da assembleia conciliar, também adotou o método utilizado pelo Concílio, sobretudo pela Gaudium et Spes, o ver-julgar-agir. Por meio da leitura dos “sinais dos tempos”, a realidade dos povos latino-americanos, principalmente a dos pobres e a dos que mais sofrem, pôde ser contemplada, questionada, iluminada pela Palavra de Deus e discernida, para, então, propor uma nova ação evangelizadora. Karla Christine Araújo Souza, Joscelito Marques Ferreira e Ailton Siqueira de Souza Fonseca, em Práticas e saberes de Francisco: de Assis para a humanidade do passado e do presente, ressaltam que a vida de Francisco de Assis apresentou práticas, como a integração com o outro, o cuidado, a metanóia, a esperança e a emergência dos arquétipos, que podem auxiliar a compreender e construir soluções criativas que contribuam para desbancar a crise sistêmica atual. Elias Wolff e Raquel de Fatima Colet, em Fronteiras eclesiais no Pontificado de Francisco, afirmam que, para compreender o pontificado de Francisco, é preciso analisar os percursos fronteiriços pelos quais ele transita. Para os autores, o papa Francisco faz o discernimento das fronteiras que se justificam evangelicamente na igreja e aponta para a superação daquelas que não se legitimam na proposta de uma “igreja em saída”, por um processo de reformas como permanente conversão pastoral. Lisâneos Francisco Prates, em Renovação da Vida Religiosa Consagrada: indicações do Papa Francisco, afirma que a Vida Religiosa Consagrada nasceu no coração da Igreja e do mundo para ser sinal de comunhão, tendo como proposta uma missão carismática na diversidade e na singularidade de cada carisma. Por outro lado, a figura carismática do Papa Francisco e sua inspiração renovadora da missão da Igreja trazem consigo a proposição de renovação da Vida Religiosa Consagrada e a consoante atualização de sua missão carismática no atual momento cultural da história. Cirio Alezzandro Jacito, em A Ressurreição de Jesus sob a categoria de “Promessa”: uma contribuição a partir da Teologia da Esperança de J. Moltmann, afirma que, sob a lente da ideia de “promessa” e a partir dela, é possível olhar para o túmulo vazio e para a experiência que levou os discípulos a acreditarem na Ressurreição e apontar algumas reflexões acerca do compromisso social, que procedem da fé na Ressurreição. Fernando Cardoso Bertoldo, em Um possível diálogo entre teologia e psicanálise a partir de Jürgen Moltmann e Sigmund Freud, desenvolve um diálogo entre a teologia de Moltmann e a psicanálise de Freud a partir do conceito de onipotência nas teorias freudianas, dialogando com o conceito da natureza humana de Deus segundo Jürgen Moltmann. Paulo Sergio Gonçalves, em Nova Teologia Política: memória passionis e mistica de olhos abertos, analisa filosófico e teologicamente as categorias memoria passionis e “mística de olhos abertos”, desenvolvidas na nova teologia política de Johann Baptist Metz. Para atingir o objetivo proposto, o autor expõe a pertinência e a relevância da nova teologia política em termos contemporâneos, cuja concentração bibliográfica remete aos primórdios dessa teologia. Consequentemente, espera-se, com a análise apresentada, contribuir com o debate sobre a teologia política no contexto de pós-modernidade e de globalização, em que se requer da teologia fidelidade ontológica ao que ela é: discurso contemporâneo sobre Deus. Márcio Luiz Fernandes e Cleiton Costa de Santana, em Dom e Carisma na economia: reflexões a partir do pensamento de Chiara Lubich, aproximando do carisma e do pensamento de Chiara Lubich e perscrutando, nesses, os elementos antropológicos e a lógica relacional que sejam capazes de infundir a economia, entendem que, como realidade comunitária, o carisma engendra e fortalece, nas relações, a dinâmica do dom, sendo capaz de realocar a lógica instrumental para aquelas relações que são estritamente instrumentais. Os autores apresentam a Economia de Comunhão como exemplo concreto de realização econômica que busca estabelecer novas formas de pensar e agir na economia. Sergio Lucas Camara, Tiago Gurgel do Vale e Marlise Aparecida Bassani, em A preparação dos padres para lidarem com a situação de morte no Brasil: uma revisão documental e crítica, realizam uma revisão documental crítica de como a Igreja Católica considera, em seus documentos oficiais, a preparação dos clérigos para lidar com a situação de morte, com orientações para a prática pastoral no Brasil, a partir do Concílio Vaticano II. Maria Cristiane dos Santos e Mathias Grenzer, em Quem é o próximo? A procura da personagem presente na formulação jurídica em Lv 19, 18c, comunicam que a lei em Lv 19,18c prescreve, de forma imperativa, o “amor ao próximo” e que, na perspectiva pentatêutica, o conceito de “próximo” precisa ser aplicado de forma mais abrangente. Por fim, nossa revista nos apresenta duas resenhas elaboradas pelos nossos autores. Elton Nunes e Ney de Souza analisam a obra de LEMAHNN DA SILVA, Nelson. A Religião Civil do Estado Moderno. 2. ed. rev. e aum. Campinas: vide, 2016. Emerson Sbardelotti analisa a obra UNIÃO MARISTA DO BRASIL. Utopias do Vaticano II. Que sociedade queremos? – Diálogos. São Paulo: Paulinas, 2013.Desejo a todos os leitores uma boa leitura.Prof. Dr. Donizete José XavierEditor Científico
APA, Harvard, Vancouver, ISO, and other styles
7

Teixeira Neto, José, and Jeniffer Lopes Batista. "“Conduzir pela mão” e o ensino-aprendizagem de filosofia." Trilhas Filosóficas 12, no. 1 (October 24, 2019): 99–123. http://dx.doi.org/10.25244/tf.v12i1.27.

Full text
Abstract:
Resumo: A pesquisa propõe seguir a via simbólica do pensamento de Nicolau de Cusa (1401-1464) e pensá-la como um caminho para o ensino-aprendizagem da filosofia. Para tanto, toma como impulso a sugestão que o Cardeal de Cusa deixa na sua obra De coniecturis (Parte I, n. 4): “É oportuno atrair, em certo sentido guiando-os pela mão, os mais jovens, privados da luz da experiência, à manifestação do que se oculta, de tal maneira que possam elevar-se gradualmente ao que é mais ignorado”. A “condução” cusana será pela via dos símbolos e a pesquisa se concentrará, principalmente, sobre duas obras em que a “condução pela mão” aparece: o Livro I do De docta ignorantia e partes do De visione dei. Tanto na primeira quanto na segunda obra o “procedimento” para se conhecer o “mais ignorado” é basicamente o mesmo, embora os símbolos utilizados na “condução” sejam diferentes: a matemática na primeira obra e na segunda um quadro pintado ou o ícone de Deus. Inicialmente, a pesquisa entende que cabe ao professor-filósofo “atrair” e “guiar pela mão” os mais jovens para a filosofia. Depois, apresenta a perspectiva de Nicolau de Cusa sobre o “conduzir pela mão” confrontando-o com as críticas de Jacques Rancière, em O mestre ignorante, a “condução” socrática. Em seguida, busca explicitar o conceito de “douta ignorância” em Nicolau de Cusa para depois explicitar a “condução pela mão” em A douta ignorância e em A visão de Deus. Por fim, embora considere que talvez Nicolau não seja “o mestre ignorante” de Rancière, considera também que a partir da filosofia cusana, pode-se pensar um caminho para o ensino da filosofia que não seja mera transmissão, mas um exercício de aprendizagem por parte do aluno. Palavras-chave: Manuductio. Transsumptio. Símbolo. Ensino-Aprendizagem. Filosofia. Abstract: The enquiry proposes to follow the symbolic path of the thought of Nicholas of Cusa (1401-1464) and to think of it as a way for the teaching and learning of philosophy. For this purpose it takes impulse in the suggestion made by the Cardinal of Cusa in his work De coniecturis (Part I, n. 4): “It is useful to attract, in a sense leading them by hand, the younger, deprived from the light of experience, to the manifestation of what is hidden, in such a way that they can gradually rise toward what is most ignored”. The Cusanus' “lead” shall be through the path of the symbols, and the research will focus, mainly, on two works in which the “leading by hand” theme appears: Book I of De docta ignorantia and some parts of De visione dei. Both in the former and the latter the “procedure” to cognize the “most ignored” is basically tge same, although the symbols deployed in the “leading” are different: mathematics in the former and, in the latter, a painted picture or God's icon. Initially, the enquiry assumes the understanding that it is up to the teacher-philosopher to “attract” and “guide by the hand” the younger to philosophy. Later on, it presents Nicholas of Cusa's perspective on the “leading by hand” in confrontation with the criticisms issued by Jacques Rancière, in The Ignorant Schoolmaster, to the Socratic “lead”. Then, the concept of “learned ignorance” in Nicholas of Cusa is to be made explicit in order to make thenceforth explicit the doctrine of “leading by hand” in On Learned Ignorance and The Vision of God. Finally, although considering that perhaps Nicholas is not Rancière's “learned schoolmaster”, it is also comsidered that, departing from the philosophy of the Cusanus, a way of teaching philosophy can be thought that is not sheer transmission, but rather an exercise of learning by the student. Keywords: Manuductio. Transsumptio. Symbol. Teaching and Learning. Philosophy. REFERÊNCIAS ANDRÉ, João Maria. Sentido, Simbolismo e Interpretação no Discurso Filosófico de Nicolau de Cusa. Coimbra, 1997. ANDRÉ, João Maria. Coincidentia oppositorum: concórdia e o sentido existencial da transsumptio em Nicolas de Cusa. In: ANDRÉ, João Maria; ÁLVAREZ GÓMEZ, Mariano. (Org.). Coincidência dos opostos e concórdia: caminhos do pensamento em Nicolau de Cusa. Actas do Congresso Internacional realizado em Coimbra e Salamanca nos dias 5 a 9 de Novembro de 2001. Tomo I. Coimbra: Faculdade de Letras, 2001. p. 213-243. ANDRÉ, João Maria. Introdução. In. NICOLAU DE CUSA. A douta ignorância. Tradução, introdução e notas de João Maria André. Lisboa/Portugal: Fundação Calouste Gulbenkian, 2010. ANDRÉ, João Maria. Introdução. In. NICOLAU DE CUSA. A visão de Deus. Tradução e introdução de João Maria André; prefácio de Miguel Baptista Pereira. 4ª Edição Revista. Lisboa/Portugal: Fundação Calouste Gulbenkian, 2012, p. 79-131. BOAVIDA, João. Por uma didática para a filosofia – análise de algumas razões. Revista Filosófica de Coimbra – nº 9 (1996), p. 091-110. BOMBASSARO, Luiz Carlos. IMAGEM E CONCEITO: a metáfora da caça na filosofia da renascença. Rev. Filos. Aurora, v. 19, n. 24, p. 11-33, jan./jun. 2007. Disponível em: https://periodicos.pucpr.br/index.php/aurora/article/view/2170/2089. Acesso em: 06 de junho de 2019. CARVALHO, Marcelo; CORNELLI, Gabriele. Ensinar Filosofia (Volume 2). Cuiabá, MT: Central do Texto, 2013. CERLETTI, Alejandro. O ensino de filosofia como problema filosófico. Tradução de Ingrid Muller Xavier. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009. D’AMICO, Claudia. El idiota de Nicolás de Cusa: Acerca de la posibilidad de un saber ignorante. Revista Sul-Americana de Filosofia e Educação – RESAFE, Brasília, p. 111-117, n. 11, nov./abr. 2008. FAVARETTO, Celso F. Sobre o ensino de filosofia. R. Fac. Educ., São Paulo, v. 19, n. 1, p. 97-102, jan./jun. 1993. GALLO, S.; KOHAN, W. Crítica de alguns lugares-comuns ao se pensar a Filosofia no Ensino Médio. In: GALLO, S.; KOHAN, W. (Org.). Filosofia no Ensino Médio. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000, p. 174-196. GALLO, Silvio. O ensino da filosofia e o pensamento conceitual. In: CARVALHO, Marcelo; CORNELLI, Gabriele. Filosofia e Formação (Volume 1). Cuiabá, MT: Central do Texto, 2013, p. 204-215. GELAMO, R. P. O ensino da filosofia no limiar da contemporaneidade: o que faz o filósofo quando seu ofício é ser professor de filosofia? São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. GUENDELMAN, Constanza Kaliks. Desejo e percurso na construção do conhecimento: aspectos pedagógicos na obra de Nicolau de Cusa. São Paulo: FEUSP, 2014. 216 f. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014. GHISALBERTI, Alessandro. As raízes medievais do pensamento moderno. Tradução Sivar Hoeppner Ferreira. 2ª Ed. São Paulo: Instituto Brasileiro de Filosofia e Ciência “Raimundo Lúlio” (Ramon Llull), 2011. HADOT, Pierre. Exercícios espirituais e filosofia antiga. Trad. Flavio Fontenelle Loque e Loraine Oliveira. São Paulo: É realizações, 2014. HEIDEGGER, Martin. O que é isto – A filosofia? In: HEIDEGGER, Martin. Que é isto – A filosofia: Identidade e diferença. Petrópolis, RJ: Vozes; São Paulo: Livraria Duas Cidades, 2006, p. 13-34. KOHAN, Walter Omar. Três lições sobre filosofia da educação. Educ. Soc., Campinas, vol. 24, n. 82, p. 221-228, abril 2003 Disponível em http://www.cedes.unicamp.br. KOHAN, Walter Omar. Sócrates & a Educação. O enigma da filosofia. Tradução Ingrid Müller Xavier. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011. KOHAN, Walter Omar. Como ensinar que é preciso aprender? Filosofia: uma oficina de pensamento. In: CARVALHO, Marcelo; CORNELLI, Gabriele. Ensinar Filosofia (Volume 2). Cuiabá, MT: Central do Texto, 2013, p. 75-83. NICOLAI DE CUSA. De coniecturis. Texto latino disponível em: http://www.cusanus-portal.de/. Acesso em 04 de agosto de 2019. NICOLAU DE CUSA. A douta ignorância. Tradução, introdução e notas de João Maria André. Lisboa/Portugal: Fundação Calouste Gulbenkian, 2010. NICOLAU DE CUSA. A visão de Deus. Tradução e introdução de João Maria André; prefácio de Miguel Baptista Pereira. 3ª Edição Revista. Lisboa/Portugal: Fundação Calouste Gulbenkian, 2010. NICOLAU DE CUSA. O não-outro – De non aliud. Edição bilíngue latim-português. Introdução, tradução e notas por João Maria André. Porto, Portugal: Edições Afrontamento, 2012. NICOLAUS CUSANUS. Lettera a Nicolò Albergati. In: MORRA, Gianfranco (A cura di). Nicolò Cusano. La vita e la morte. Forli, It: Ethica 5, 1966, p. 55-98. NOGUEIRA, Maria Simone Marinho. Conhecer e amar na Carta a Albergati de Nicolau de Cusa. Revista Territórios & Fronteiras, Cuiabá, v. 5, n. 1, jul-dez., 2011. RAMOS, Daniel Rodrigue. A aprendizagem da filosofia e a impossibilidade de ensinar filosofia. Revista portuguesa de educação, 31 (2), pp. 37-53. RANCIÈRE, Jacque. O mestre ignorante: Cinco lições sobre a emancipação intelectual. Trad. Lilian do Valle. 3ª Edição. Belo Horizonte: Autêntica, 2011. SANTINELLO, Giovanni. Introduzione a Niccolò Cusano. 2ª Edizione con aggiornamento bibliografico. Roma-Bari/Italia: Laterza, 1987. SANTINELLO, Giovanni. L’uomo „ad imaginem et similitudinem“ nel Cusano. Estrato da Doctor Seraphicus. Nº XXXVII, Marzo 1990, p. 85-97 – Bollettino d’informazioni del Centro di studi Bonaventuriani – Bognoregio (Viterbo). SANTOS, Boaventura Souza. A filosofia à venda, a douta ignorância e a aposta de Pascal. Revista Crítica de Ciências Sociais, 80, Março 2008: 11-43 SOUZA, Klédson Tiago Alves de; TEIXEIRA NETO, José. A transsumptio e o uso de enigmas como “saída” para um discurso sobre o divino em De docta ignorantia (1440) de Nicolau de Cusa. Princípios: Revista de Filosofia, Natal, v. 24, n. 43, jan.-abr. 2017. SVERSUTTI, William Davidans. Infinitas finiens e infinitas finibilis: a infinidade de deus e do universo no De principio de Nicolau de Cusa. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Maringá, Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Departamento de Filosofia, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, 2019. TEIXEIRA NETO, José. Nexus: da relacionalidade do princípio à metafísica do inominável em Nicolau de Cusa. Natal: EDUFRN, 2017. TOMAZETTI, Elisete M. Formação de Professor de Filosofia para o Ensino Médio: entre políticas e práticas, entre universidade e escola. In: MATOS, Junot Cornélio; COSTA, Marcos Roberto Nunes. Ensino de Filosofia: questões fundamentais. Recife: Ed. Universitária UFPE, 2014, p. 31-42.
APA, Harvard, Vancouver, ISO, and other styles
8

Martins, Maria Cristina Da Silva. "“PEREGRINAÇÃO DE EGÉRIA”: UMA NARRATIVA DE VIAGEM AOS LUGARES SANTOS NO SÉCULO IV." Organon 29, no. 56 (March 25, 2014). http://dx.doi.org/10.22456/2238-8915.44142.

Full text
Abstract:
RESUMO: Este artigo tem por objetivo mostrar alguns aspectos que fazem parte da edição crítica bilíngue (latim-português) da obra “Peregrinação de Egéria”. Selecionamos alguns capítulos do texto em latim e a sua tradução para o português, com o intuito de mostrar não só as características do próprio texto latino, mas também a tradução realizada, que procura ser a mais literal possível. Além disso, destacamos nos capítulos escolhidos os diferentes tipos de notas que fazem parte da nossa edição crítica, ou seja, notas de crítica textual e histórico-literárias, de acordo com a tradição da edótica. Nas notas de edição crítica, apresentamos, em particular, alguns problemas encontrados em relação à escritura beneventana. Por fim, mostramos alguns itens lexicais que fazem parte do glossário, anexo ao texto.
APA, Harvard, Vancouver, ISO, and other styles
9

Fenerich, Alexandre Sperandéo. "Três gravações de campo na cidade do Rio de Janeiro." Orfeu 5, no. 2 (November 3, 2020). http://dx.doi.org/10.5965/2525530405022020e0005.

Full text
Abstract:
O artigo apresenta três caminhadas para escuta e captação fotográfica e fonográfica pelo autor por uma região da cidade do Rio de Janeiro, além de uma análise poética do material obtido. A fim de embasar a análise, faz uma revisão teórica que busca entrelaçar conceitos ligados ao deslocamento urbano e à escuta. A partir da tese de Steven Feld (2015), que parte da premissa de que o som é objeto de conhecimento de tecidos sociais, o sonoro pode se manifestar como focoda investigação dos lugares visitados que, pelas suas características urbanas, podem ser entendidos, no contexto da cidade contemporânea, como espaços negativos (SANTOS, 1994) ou espaços opacos (CARERI, 2017) – conceitos que terão repercussões nas três narrativas descritivo-analíticas. O material obtido procura inter-relacionar os registros textuais e fotográficos com o sonoro, a fim de contextualizar sua escuta. Apesar de uma das incursões resultar em uma instalação sonora, o material sonoro e visual obtido nas incursões é anterior a uma realização artística no formato obra, sendo que tanto sua escuta quanto as análises que seguem neste texto constituem parte de um processo composicional em curso ou, ao menos, uma metodologia para criação sonoro-musical a partir de gravações de campo.
APA, Harvard, Vancouver, ISO, and other styles
10

Gonçalves, Alexandre Honig. "A TOLICE DA INTELIGÊNCIA BRASILEIRA - OU COMO O PAÍS SE DEIXA MANIPULAR PELA ELITE." PEGADA - A Revista da Geografia do Trabalho 17, no. 1 (September 27, 2016). http://dx.doi.org/10.33026/peg.v17i1.4444.

Full text
Abstract:
A priori, buscamos descrever brevemente o contexto político-social e econômico brasileiro em que a obra a ser resenhada foi pensada e redigida, a fim de qualificar e destacar a importância deste trabalho enquanto referência atual, efetiva e fundamental ao enriquecimento dos diálogos acadêmicos daqueles pensadores que se preocupam em adotar uma postura epistemológica crítica com relação ao panorama observado e vivido no Brasil. Para tanto, compreendemos que, enquanto ordem e regime social simbólico e pragmático, o fascismo pode coexistir com o a democracia - quando este último termo é desconstruído e desconectado de sua base epistemológica - e, além disso, é apropriado pelos agentes das políticas liberais. Desta feita, em vez sacrificar e prostrar a democracia aos interesses e exigências do capitalismo global de maneira objetiva, este conceito é trivializado e subjugado diuturnamente - nas esferas políticas, na mídia e, até mesmo, na academia -, até o ponto em que este não se faz mais socialmente necessário e/ou compreensível em sua plenitude e, por fim, acaba sendo convertida exclusivamente aos desígnios do mainstream. Assim sendo, adentramos em um período histórico em que as sociedades podem ser híbridas, ou seja: politicamente democráticas (forma) e socialmente fascistas (conteúdo), frente às demandas e especificidades do mercado e seus operadores (SANTOS e MENEZES, 2009). Tal qual ocorre no Brasil contemporaneamente (TIBURI, 2015; SEVERIANO e DÓRIA, 2015). De fronte ao cenário supracitado, a obra intitulada: “A tolice da inteligência brasileira - ou como o País se deixa manipular pela elite” (272 págs.), teve sua primeira edição publicada pela Editora Leya, em 2015 e, fora escrita pelo professor e pesquisador: Jessé José Freire de Souza (Universidade Federal Fluminense). Este que possui graduação em Direito; mestrado e doutorado em Sociologia; três pós-doutorados e uma livre docência; escreveu e organizou 23 livros e mais de 100 artigos e capítulos de livros em diversas línguas, sobre temas diretamente ligados as áreas da teoria social, pensamento social brasileiro e estudos teórico/empíricos acerca da desigualdade das classes sociais no Brasil contemporâneo - e, que até o momento da ascensão e institucionalização do “novo governo” -, ocupava o cargo de Presidente do Ipea: Instituo de Pesquisa Econômica Aplicada. Com este livro organizado em quatro partes e dezesseis capítulos - para além do prefácio -, a partir de um encadeamento escalar e cronológico impecável, Souza (2015), descreve, examina e conforma ideias e argumentos críticos que podem nos explicar a partir de uma abordagem teórica e histórica, as reais contradições que envolvem o Brasil e, de que forma classes sociais inteiras são feitas de tolas para que a reprodução de privilégios injustos sejam mantidos inalterados na condução dos rumos do Estado, suas instituições e suas das dinâmicas política, social e econômica, em proveito das elites - políticas e econômicas - instauradas no País. No prefácio da obra, o próprio autor desnuda os traços simbólicos e pragmáticos que a sociedade brasileira enfrenta ao longo da vida de maneira acrítica e compassiva, demostrando como se fundamentam e se alastram - de maneira livre - a ideologia e os interesses dos mais ricos do Brasil (1%), em detrimento da exploração do trabalho do restante da população (os 99% restantes). E, além disso, como o domínio das estruturas de poder, da informação e da inteligência, monopolizaram os recursos que deveriam ser de todos e, por conseguinte, abrem caminho para o empreendimento de uma violência simbólica, que permite a edificação de uma das sociedades mais desiguais e perversas do planeta (SOUZA, 2015). Já na primeira parte do livro, em seis capítulos, Souza (2015), disserta acerca da construção e fundamentação do ideário social brasileiro por parte de expoentes da História, da Antropologia e da Sociologia nacional, tais como: Gilberto Freyre, Roberto DaMatta, Sérgio Buarque de Hollanda e Raymundo Faoro - dentre outros -, questionando academicamente, de maneira clara e objetiva, quais são os contextos e os objetivos inconfessáveis dos referidos autores em erigir e, difundir reflexões pseudocríticas em que a sociedade brasileira é retratada por meio de argumentos ardilosos, em que há uma sistemática repetição das banalidades e axiomas de um senso comum permeado de preconceitos arraigados ao patrimonialismo historicamente vigente no controle do Estado brasileiro. Elucidando esta exposição, é impreterível se utilizar do próprio vocábulo de Souza (2015, p. 90): Nosso liberalismo hegemônico, na esfera pública, na grande imprensa conservador e, em boa parte do debate acadêmico é, certamente, uma das intepretações liberais mais mesquinhas, redutoras e superficiais que existe em escala planetária. Se fossemos completamente sinceros, teríamos de dizer que essa interpretação nada mais é, hoje em dia, que pura “violência simbólica”, sem nenhum aporte interpretativo efetivo e sem qualquer compromisso, seja com a verdade, seja com a dor e o sofrimento que ainda marcam, de modo insofismável, a maior parte da população brasileira. Também nesta parte do livro, Souza (2015), discute com seriedade, quais são as bases teórico-metodológicas e, além disso, quais são as perspectivas políticas, ideológicas e epistemológicas dos referidos autores - liberais conservadores -, acerca da formação e da organização da sociedade brasileira. Estabelecendo valorosos argumentos que situam nossas realidades antropológicas, institucionais e econômicas a mesma altura de qualquer outra sociedade humana e/ou país - tanto em pontos positivos, quanto em negativos. Reforçando suas ponderações sobre o quadro supracitado, mas, especificamente sobre a conjuntura atual no Brasil, Souza (2015, p. 11) indica que: Daí ser fundamental compreender como intelectuais e especialistas distorcem o mundo para tornar todo tipo de privilégio injusto em privilégio merecido (...). (...) Não basta aos endinheirados controlar todos os grandes jornais e redes de TV para legitimar seus próprios interesses. Hoje em dia esses interesses precisam ser justificados de modo que pareçam razoáveis a fim de convencer os que são feitos de tolos por essas falsas justificações. (...) criando uma ciência para seus interesses, como de fato construíram para o Brasil. Por conseguinte, na segunda parte do texto, em três matérias, Souza (2015), centra seus questionamentos e reflexões no aporte exclusivamente economicista da dimensão simbólica do capitalismo contemporâneo e, de que maneira esta abordagem se desdobra de maneira inequívoca, sobre o cotidiano da humanidade e - em especial -, dos brasileiros. Indicando como a partir desta perspectiva, todo comportamento individual/social passa a ser induzido e traduzido por meio de estímulos econômicos, tendo, deste modo, todas as qualidades humanas reduzidas ao potencial das quantidades de “coisas úteis” a serem consumidas. Nesse sentido, o autor do livro traça uma linha de pensamento em que desenvolve uma complexa narrativa em que observa e descreve como esta abordagem economicista - ao longo do tempo -, naturaliza as deformações, distorções e injustiças sociais que acometem o Brasil e como, por conseguinte, estas são secundarizadas nos discursos e nas práticas dos indivíduos, das instituições e dos governos. Criando e recriando um cenário de racismo de classe e, em igual medida, estabelecendo que todo mal - político, administrativo e econômico - é derivado da corrupção instalada - exclusivamente -, no Estado. Ignorando e negando as responsabilidades da classe burguesa e da iniciativa privada para formatação e reforço deste drástico panorama em que vivemos. Ainda no segundo segmento de seu livro, Souza (2015), traz consigo os argumentos e a construção teórica de Florestan Fernandes e, por sua vez, os questiona de maneira franca. Levantando dúvidas sobre a generalização e validade das ponderações e adágios feitos por Fernandes acerca das realidade e totalidade dos estigmas referentes e inerentes à sociedade brasileira. Por sua vez, na terceira fração de seu livro, em quatro tópicos, Souza (2015), discute como o alinhamento espontâneo a uma ideologia opressiva a diversidade brasileira, acaba por enviesar - até mesmo - as perspectivas e análises acadêmicas sobre a situação do Brasil. Visto como é grande a capacidade de dominação ideológica, os debates científicos passam a ser colonizados em seus próprios termos e conceitos, impedindo os pensadores de perceber as diferenças na estruturação dos argumentos sobre as análises e julgamentos do contexto social brasileiro. Além disso, o autor ainda descreve como esta perspectiva estreita afeta - em igual medida -, o cotidiano da população, uma vez que se estabelece uma forte influência e presença dos ideais capitalistas que fundamentam hierarquias valorativas e segregativas, a partir de mecanismos ocultos e opacos, que por fim, buscam ativamente estabelecer uma violência simbólica - naturalizada - no contato entre os extratos sociais, conformando um quadro de estamento socioeconômico e cultural internamente no País. Especificamente, em escala internacional, Souza (2015), indica que: apesar de não ser verdade. A compreensão, a construção e o reforço do status quo das sociedades avançadas e a submissão das periféricas, acabam por prosseguir sob a mesma lógica de dominação ideológica intrínseca as sociedades locais, uma vez que existe uma série de pressupostos não explicitados que acabam por viciar os exames sobre as estruturas e normas de funcionamento qualitativamente distintas em relação à formação - social, econômica, cultural, religiosa, etc. -, de cada Estado. Criando e reproduzindo perniciosos argumentos políticos, midiáticos e pseudocientíficos que baseiam e reforçam e perpetuam a condição econômica e moral de cada Estado - evidentemente, a partir de uma perspectiva exclusivamente Ocidental, Eurocêntrica e/ou em prol de países como os Estados Unidos, que subjugam e corroem as potencialidades de países de fora deste eixo, tais como o Brasil, por exemplo. Idealizando um cenário que passa a ser inatingível frente aos “oportunos” condicionantes e prerrogativas inatos a cada país, segundo este ponto de vista. Diante desta paisagem em tela, Souza (2015, p. 171), adverte: Essa dificuldade se reproduz na consideração apenas do aspecto “material” do capitalismo, que se expandiu praticamente para todas as partes do globo, e no amesquinhamento da dimensão simbólica à dimensão, quase sempre eivada de “violência simbólica”, da “cultura nacional” ou do “mito nacional”. Como a cultura nacional reflete, pelo menos em grande medida - com dizia com razão o Marx da ideologia alemã -, os interesses particulares das classes dominantes transformados em interesses de todo corpo social, estamos confrontando com a distorção da realidade quanto com sua fragmentação e redução ao elemento “material” na dimensão da comparação entre sociedades”. Na quarta e derradeira parte desta obra, Souza (2015), estabelece suas reflexões acerca de três importantes tópicos: I) sobre a cegueira do debate brasileiro sobre as classes sociais e a pobreza do debate político; II) as manifestações de junho (2013) e a cegueira política das classes; III) o golpismo de ontem e de hoje: considerações sobre o momento atual. Sobre o item I, é relevante destacar que a união entre economicismo e culturalismo conservador turva a análise e plena compreensão sobre como se dá a estruturação social, que implica a consideração de capitais que não se restringem ao econômico, mas, sobretudo, a forma velada como as classes sociais são produzidas e reproduzidas historicamente no Brasil. Souza (2015, p. 236): (...) as classes do privilégio não dispõem apenas dos capitais adequados para vencer na disputa social por recursos escassos, possuem também a “crença em si mesmo”, produto de uma autoconfiança de classe, tão necessária para enfrentar todas as inevitáveis intempéries (...) e, poder usufruir do “reconhecimento social” dos outros como algo tão natural quanto respirar. As classes populares, ao contrário, não dispõem de nenhum dos privilégios de nascimento das classes média e alta. A socialização familiar é muitas vezes disruptiva, a escola é pior e muitas vezes consegue incutir com sucesso insegurança na própria capacidade, os exemplos bem-sucedidos na família são muito mais escassos, quando existentes, quase todos necessitam trabalhar muito cedo e não dispõem de tempo para os estudos, o alcoolismo, fruto do desespero com a vida, ou o abuso sexual sistemático, são também “sobrerrepresentados” nas classes populares. E, por conseguinte, como esta situação avassaladora é ignorada sistematicamente pelas esferas políticas e, principalmente, pela mídia - que naturaliza estas pré-condições e, partem delas, para estabelecer suas interpretações e considerações -, ao longo do tempo, vão sendo apresentados casos de corrupção no Estado, crises de representação e no sistema político e, crises econômicas por conta do “descontrole” dos gastos do governo. Entretanto, em hipótese alguma, o problema de fundo é abordado de maneira clara e objetiva: o abismo socioeconômico dentre os estratos sociais do Brasil, com suas causas, suas consequências e, principalmente, sobre as formas de mitigação deste horizonte. A propósito do item II, Souza (2015), versa acerca da grande fraude encampada e reforçada pela mídia golpista com relação às manifestações de junho de 2013, em que a impressão a ser reforçada ao mundo todo, é a de que o Estado brasileiro é o vilão e a sociedade local - engajada, politizada, patriota e classe média/alta -, é o mocinho desta história de conto de fadas para adultos ingênuos e infantilizados. Entretanto, quem - por fim -, ganhou muito com as reivindicações que clamavam pelo fim da corrupção e pela mudança nos rumos da economia e política da nação, fora justamente às forças mais liberais conservadoras do País - justamente, o monstro a ser combatido. Com a propagação - via redes sociais da internet e, os chamados e apelos intermitentes da mídia - a instauração deste exercício de “democracia” e “participação popular”, ao longo de todo território nacional, a classe média acabou por distorcer as demandas sociais legitimas e, garantiu na pauta de reivindicações das manifestações, a exclusividade de seus interesses - ocultando de maneira inconfessável -, seus privilégios injustos e excludentes. Desta forma, este segmento social privilegiado garante de sobremaneira uma boa imagem, reforçando seus direitos a obter prestígio, reconhecimento e melhores salários e, além disso, a culpar as vítimas, de um processo social que torna invisível a injustiça - a exploração, a miséria e o sofrimento diário -, como se fosse possível escolher esta condição de pobreza e humilhação. Souza (2015, p. 241), ainda completa sua reflexão indicando que: (...) o fato de que a dominação social no Brasil se enfeita de outros atributos que não existem em outros lugares. Aqui, afinal, é o País em que a classe média “tira onda” de revolucionária, de agente de mudança e de lutadora por um “Brasil melhor”. Entretanto, o insucesso desta ardilosa campanha se deu com o resultado inegável das eleições presidenciais de 2014 - vencidas de maneira legítima e democrática pelo partido da situação. Todavia, este momento histórico, se consolidou como sendo o estopim da indignação das classes políticas conservadoras que lograram, inclusive, persuadir e contaminar parte importante das classes trabalhadoras ascendentes com seu discurso draconiano, incensadas pela mídia, que a cada dia apresentava um novo escândalo do “Petrolão”, envolvendo - exclusivamente e seletivamente - agentes do governo. A solução, segundo os operadores e intelectuais do apartheid conservador, é o enlace lascivo aos desígnios do capital e do mercado, com efusivos elogios as práticas da gestão enxuta, do Estado mínimo, do superávit primário, da “racionalização” dos gastos públicos, etc. Este panorama aliado à ausência crônica de debates sérios sobre a realidade brasileira, seja na academia, nos espaços públicos, na esfera política ou na mídia, torna um País tão rico e diverso como é o Brasil, com sua grande população, em uma multidão de tolos manipulados e incapazes de perceber os quais são os perigos que os assolam. Essa é uma cegueira que condena milhares de pessoas a uma vida indigna e, em igual medida, sentencia toda sua sociedade a uma reflexão amesquinhada e a uma vida apequenada em todas as suas dimensões (SOUZA, 2015). Acerca do capítulo III, Souza (2015), anota suas reflexões críticas a respeito da edificação - pari passu - do impeachment (golpe), sofrido pela presidenta eleita democraticamente pela maioria dos cidadãos brasileiros votantes - ao seu segundo mandato consecutivo: Dilma Roussef. O autor ainda destaca que ao longo de todo ano de 2015 - e, parte de 2016 -, a presidenta, sua equipe de governo e figuras de prestigio e relevância política do Partido dos Trabalhadores (PT), tais como o ex-presidente: Luiz Inácio “Lula” da Silva, foram violentamente e covardemente agredidos pela mídia e pela oposição - historicamente -, territorializada no Congresso Nacional. Sob suas exclusivas responsabilidades, todo o cômputo relativo à corrupção da esfera política brasileira foram-lhes arbitrariamente atribuídas, sem qualquer oportunidade de defesa pública e/ou jurídica. Neste caso, para além da seletividade e parcialidade que todo este maligno processo fora retratado e conduzido, com a finalidade de denegrir a reputação e, principalmente, a ideologia do PT e, dos demais partidos de “esquerda” no Brasil. Ainda se logra - a todo custo - incinerar a imagem, a representatividade e o carisma de “Lula”, de forma a inviabilizar sua candidatura - e, possível reeleição - nas próximas eleições presidenciais de 2018. Adicionalmente, Souza (2015), ainda destaca que, esta crise política criada e manipulada midiaticamente é mais uma comprovação empírica dos argumentos listados em seu livro: o tema da corrupção só pode ser utilizado para enganar e manipular a população, visto como sua definição e aplicação são arbitrárias, sendo utilizado de acordo com o interesse de quem o utiliza como forma de ataque. Nesse sentido, o “moralismo” relativo à classe média no Brasil sempre foi extremamente seletivo e antidemocrático ao mesmo tempo. Sua seletividade implica em ver o mal sempre fora de si e, nunca em suas ações cotidianas de exploração e, seu caráter antidemocrático ficou evidentemente estampado nas manifestações dos “coxinhas politizados” - ocorridas ao longo de 2015/16 -, em que a pauta de reivindicação refletia apenas uma virtude idealizada mas, que fora apresentada por meio de brados retumbantes como sendo uma vontade geral, que se erigia como “apoio popular” aos interesses das elites conservadoras do País - uma perspectiva reducionista do problema e, ainda por cima, uma ilusão autoritária que traveste de “ordem e progresso” uma caminhada acelerada em direção ao fascismo (SOUZA, 2015). Neste aspecto, a imprensa se estabeleceu como player fundamental, posto que legitimou e glorificou o assalto ao princípio basal da soberania do voto popular em um regime dito como sendo: democrático e representativo. De tal modo, Souza (2015, p 259), lembra que: O jogo da pseudodemocracia moderna brasileira se armou: aproveitando o moralismo de fachada dos setores médios, baseados no ressentimento contra os de cima (sempre corruptos, especialmente no Estado) e o ódio contra os de baixo, destinado a ser astuciosamente insuflado sempre que a imprensa, “neutra como o dinheiro”, visse seus interesses na ordem para poucos de algum modo ameaçado. Todavia, em comparação com o golpe de 1964 e a instauração do regime militar no Brasil, poucos vêm - ou, preferem não ver - a similaridade. Uma vez que as discussões atuais estão presas à conjuntura, são pobres de referencial teórico metodológico e, sobretudo, se seguem sem qualquer perspectiva histórica. Entretanto, Souza (2015), observa que a única mutação realmente efetiva ocorrida neste processo contemporâneo em relação ao do passado próximo, é a figura instituída como sendo o bastião da moralidade, da ordem, da eficiência e do direito, do herói justiceiro que trabalha incansavelmente como guardião da ordem, para incorporar os anseios gerais da sociedade sobre o mal, perfazendo suas ações em um nível acima daqueles conquistados pelos agentes da esfera política contaminada do Brasil. Os candidatos perfeitos para ocupar o hiato deixado pelos militares - por conta de sua truculência e, em igual medida, dos atos de corrupção -, vêm ao mundo, derivado do aparato dos órgãos de controle do governo e do judiciário criados pela Constituição de 1988, tais como: Polícia Federal (PF); Ministério Público (MP); Tribunal de Contas da União ( TCU), que recrutam e abrigam seus quadros, prioritariamente, nas fileiras da classe média conservadora e moralista (SEVERIANO e DÓRIA, 2015; SOUZA, 2015). Em seu último parágrafo, Souza (2015, p. 261), reflete e considera que: Mudam-se as vestes e as fantasias, “moderniza-se” o golpe, substitui-se o argumento das armas pelo argumento “pseudo-jurídico”, amplia-se a aparência de “neutralidade”, sai de cena a baioneta e entra no palco da ópera bufa a toga arrogante e arcaica do operador jurídico, mas preserva-se o principal: quem continua mandando de verdade em toda a encenação do teatro de marionetes são os mesmo 1% que controlam a riqueza, o poder e instrumentalizam a informação a seu bel-prazer. Os outros 99% ou são manipulados diretamente, com a classe média “coxinha”, ou assistem de longe, bestializados, a um espetáculo o qual, como sempre, vão ter que pagar sem participar do banquete. Por fim, esta é uma obra excepcional, que subsidia de sobremaneira a compreensão crítica da composição da sociedade brasileira e, em igual medida, descreve e analisa os fundamentos históricos e conceituais da atual crise política nacional - e, por conseguinte: o golpe. Por sua vez, este livro deve ser lido com avidez e estudado com atenção e, só posteriormente, colocado a descansar na estante, bem ao lado de importantes autores e pensadores - clássicos e contemporâneos -, desta classe literária (ciência social crítica) e opção epistemológica. E, cabe destacar que este livro versa sobre um cenário contemporâneo e, extremamente, tangível. Desta forma, as reflexões contidas nele podem e devem ser utilizadas como sendo fonte para reconstrução da realidade a partir de pensamentos e intervenções inteligentes e equilibradas no cenário brasileiro (SOUZA, 2015).
APA, Harvard, Vancouver, ISO, and other styles
We offer discounts on all premium plans for authors whose works are included in thematic literature selections. Contact us to get a unique promo code!

To the bibliography