Academic literature on the topic 'RLCCr'

A ruptura do ligamento cruzado cranial (RLCCr) é uma desordem ortopédica comum em cães que promove a instabilidade da articulação do joelho, resultando em claudicação e alterações degenerativas progressivas desta. A melhor técnica para reparação da RLCCr ainda não está bem elucidada. A maioria das técnicas alcança uma taxa de sucesso entre 80 a 90% e todas apresentam vantagens e desvantagens. O objetivo deste trabalho foi avaliar os resultados da estabilização extracapsular utilizando dois pontos distintos de ancoragem na articulação femoro-tibio-patelar como forma de tratamento da RLCCr em cães. Para tanto, foram utilizados 20 membros pélvicos de caninos. Após a RLCCr, todos os membros receberam avaliação da eficiência da técnica por meio do estudo da estabilidade crânio-caudal do joelho em flexão de 90° e extensão de 135°. As estabilizações extracapsulares realizadas nos cadáveres conferiram estabilidade crânio-caudal sem demonstrar superioridade de uma ou outra técnica, e nenhuma delas pode atribuir estabilidade isométrica quando testadas com os membros em 90° e 130°.

Relata-se o caso de um cão que recebeu injeções intra-articulares de plasma rico em plaquetas (PRP) durante o pós-operatório do tratamento cirúrgico de ruptura do ligamento cruzado cranial (RLCCr). Os resultados clínicos e da avaliação da marcha mediante plataforma de força neste paciente sugerem a utilização de injeções intra-articulares de PRP como terapia pós-cirúrgica no tratamento da RLCCr.

O presente trabalho correlacionou o tempo de ruptura do ligamento cruzado cranial (RLCCr) à lesão em menisco medial e ao tipo de lesão observada em cães tratados por estabilização dinâmica (osteotomias) ou estática (sutura fabelo-tibial). Este estudo retrospectivo avaliou os registros de 104 cães (117 joelhos). As osteotomias foram realizadas em 98 articulações, a sutura fabelo-tibial em 15 joelhos e, em 4 joelhos, foi realizada apenas artrotomia exploratória. A média de idade foi 4,5 anos, 41% dos cães eram machos e 59%, fêmeas e a média da massa corporal foi 32,7kg. Os tipos de lesão do menisco medial observados foram: tipo 1, 2, 3, 4, 6, 7 e associações dos tipos 1-4, 1-6 e 1-7. O tipo 1 foi o mais prevalente, sendo responsável por 32,5% dos casos. Não foram encontradas correlações entre a presença ou não de lesão de menisco medial e o tempo de ocorrência da RLCCr e entre o tipo de lesão de menisco medial e o tempo de RLCCr.

A Ruptura do ligamento cruzado cranial (RLCCr) é uma das enfermidades articulares mais comuns no cão e diversas são as técnicas cirúrgicas utilizadas para correção de sua instabilidade, porém nenhuma delas impede o desenvolvimento da doença articular degenerativa (DAD). Entretanto deve-se promover a estabilidade articular, garantindo qualidade de vida ao animal. A osteotomia de nivelamento do platô tibial (TPLO) é umas das técnicas mais utilizadas na atualidade e tem demonstrado melhores resultados quanto ao retorno funcional nos animais submetidos a este procedimento. O objetivo deste trabalho é avaliar o resultado da técnica de osteotomia de nivelamento do platô da tíbia (TPLO) em um cão com RLCCr bilateral.

Ruptura de ligamento cruzado cranial (RLCCr) é a afecção ortopédica mais frequente no joelho de cães e a sutura fabelo-tibial é frequentemente utilizada na sua correção. Essa técnica pode estar associada com complicações incisionais, lesão tardia de menisco, edema associado ao material de sutura e infecção. O objetivo desta nota foi relatar a ocorrência de fratura proximal de tíbia em um cão, causada por complicação em sutura fabelo-tibial para correção de RLCCr. Um canino atendido em outro serviço foi submetido à osteossíntese com placa 2,0mm para correção de complicação em técnica extra-capsular, na qual houve fratura da tíbia na região do orifício criado para confecção da sutura fabelo-tibial. Houve falha dos implantes e a placa foi removida. A fratura foi estabilizada com fixador esquelético externo circular, sendo constatada, após 120 dias, consolidação.

Avaliou-se a sutura fabelar lateral (SFL) com fáscia lata autógena para estabilização dos joelhos de cães de raças de grande porte, acometidos por ruptura do ligamento cruzado cranial (RLCCr). Os animais foram submetidos à avaliação clínica e radiográfica no pré-operatório e aos 60, 180 e, em alguns casos, 360 dias de pós-operatório. A partir do 60º dia, os cães apresentavam-se apoiando o membro normalmente ou com claudicação com apoio contínuo do membro. No 360º dia, quatro joelhos apresentavam-se estáveis, e o restante demonstrava instabilidade leve. No 360º dia, dos seis membros avaliados, três não haviam recuperado a medida da coxa aferida no pré-operatório. Os escores de doença articular degenerativa (DAD) para os períodos de 180 e 360 dias foram significativamente maiores que os atribuídos no pré-operatório. A SFL com fáscia lata foi adequada para o tratamento de RLCCr em cães de raças de grande porte, quando consideradas a estabilidade do joelho e a deambulação, e não impediu ou retardou a evolução da DAD.

Abstract Residual lignin carbohydrate complexes (RLCC) were isolated enzymatically from spruce and pine pulp. The RLCCs contained 4.9–9.4% carbohydrates, with an enrichment of galactose and arabinose compared to the original pulp samples. The main carbohydrate units present in all studied RLCCs were 4-substituted xylose, 4-, 3- and 3,6-substituted galactose, 4-substituted glucose and 4 and 4,6-substituted mannose. These units were assigned to carbohydrate residues of xylan, 1,4- and 1,3/6-linked galactan, cellulose and glucomannan. RLCCs of surface material and the inner part of spruce kraft pulp fiber were compared to obtain information on the heterogeneity of layers of the fiber wall. The 1,4-linked galactan was the major galactan in RLCC of fiber surface material of spruce kraft pulp. Towards the inner part of the fiber, the proportion of 1,3/6-linked galactan increased relative to 1,4-linked galactan. This finding is presented for the first time. 1,3/6-Linked galactan structures are suggested to have a role in restricting lignin removal from the secondary fiber wall. RLCCs of three different alkaline pine pulps were studied before and after oxygen delignification to evaluate differences resulting from the cooking method. The pulps were conventional kraft pine pulp (PCK), a polysulfide/anthraquinone pine pulp (PPSAQ) and a soda/anthraquinone pine pulp (PSoAQ); all were cooked to approximately kappa number 30. Small differences were found in the carbohydrate structures of the unbleached pulps. The study indicated that the RLCC of unbleached PSoAQ pulp contained longer oligomeric carbohydrate chains and less branched 1,3/6-linked galactan residues than the RLCCs of unbleached PCK and PPSAQ pulps. The RLCC of the unbleached PSoAQ also contained more 1,4-linked glucose units suggesting a greater number of linkages of lignin to cellulose in the PSoAQ pulp than in the other two pulps. All RLCCs of oxygen-delignified pulps had more non-reducing ends and less 1,3/6-linked galactan than the corresponding RLCCs of the unbleached pulps. The RLCC of the oxygen-delignified PSoAQ pulp had a higher ratio of 1,4-galactan to 1,3/6-linked galactan and shorter xylan residues than the RLCCs of oxygen-delignified PCK and PPSAQ pulps.

A técnica TightRope, que procura aperfeiçoar a estabilização extra-capsular com sutura lateral, por meio da realização de mínimas incisões e criação de túneis ósseos em pontos isométricos, que permitem a inserção de mecanismo que anula o movimento de gaveta, além de reduzir a ocorrência de complicações graves. Dessa forma, objetivou-se avaliar a modificação da técnica TightRope em joelhos de cadáveres caninos com a finalidade de disponibilizar um procedimento simples e de custo reduzido para tratamento da Ruptura do ligamento cruzado cranial (RLCCr). Experimentalmente, foram utilizados 20 membros pélvicos de dez cadáveres caninos, provenientes do setor de patologia da Universidade Norte do Paraná, os quais pesavam entre 6,3 e 24kg. Para estabilização do LCCr, rompido intencionalmente, foi adotada a técnica de TightRope modificada utilizando fio de poliamida, cavilha e emprego de um parafuso ortopédico para proporcionar a fixação óssea. Comparando os valores de deslocamento obtidos durante a realização do movimento de gaveta previamente à ruptura do LCCr e após a realização do procedimento cirúrgico, observou-se que a modificação da técnica TightRope promoveu estabilidade significativa para a maioria (12 de 20) dos joelhos testados (P=0,0033). Contudo, essa estabilidade foi inferior, quando comparada à estabilidade do ligamento intacto.

Em gatos, a ruptura do ligamento cruzado cranial (RLCC) trata-se de diagnóstico raro e a correção cirúrgica propicia o retorno mais rápido à função do membro. Foi atendida, no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), uma gata apresentando claudicação aguda e dor à palpação do joelho direito. O diagnóstico de RLCC foi realizado através dos testes de compressão tibial e gaveta cranial positivos e confirmado na cirurgia. Optou-se por realizar a reconstituição do ligamento com fáscia lata e, após achados clínicos pós-operatórios e em longo prazo concluiu-se que a técnica apresentou resultados satisfatórios neste caso.

Dissertação de Mestrado Integrado em Medicina Veterinária
A rotura de ligamento cruzado cranial (RLCCr) é uma das causas mais comuns de claudicação no Cão. A osteotomia de nivelamento do plateau tibial (TPLO), é uma das técnicas mais realizadas para eliminar a instabilidade articular gerada. Para tal, é essencial realizar um planeamento detalhado e assegurar a sua transposição para o campo cirúrgico. Este trabalho teve como objetivo criar pela primeira vez uma guia cirúrgica tridimensional (3D), obtida a partir de imagens radiográficas mediolaterais (2D) padronizadas para o planeamento da TPLO, com o propósito de aumentar a precisão cirúrgica e facilitar a osteotomia, esperando-se também obter uma diminuição do tempo cirúrgico. Consistiu num estudo prospetivo de 14 cães com RLCCr divididos num grupo de controlo (n=6), nos quais se realizou uma TPLO convencional e um grupo de estudo (n=8) nos quais foi utilizada a guia. Foi realizada a avaliação radiográfica pré e pós-cirúrgica da TPLO, com medição do ângulo do plateau tibial, os ângulos mecânicos mediais proximal e distal da tíbia, D1, D2 e D3 e rotação de forma a calcular as suas diferenças pré e póscirúrgicas. O esboço do perfil da guia foi desenhado a partir do perfil da tíbia e a linha de osteotomia no programa de visualização médica (HorosTM), o qual foi posteriormente exportado para um software 3D CAD (SolidWorks), no qual foi calibrado e transformado numa imagem 3D. Após algumas modificações procedeu-se à impressão do modelo em 3D utilizando nylon e uma tecnologia FDM. As distâncias dos perfis da guia no HorosTM, SolidWorks e impressão 3D foram comparadas. Foi também determinado se a utilização da guia levaria a uma osteotomia mais ortogonal, ao determinar o desvio da linha de osteotomia no plano frontal. Foram ainda registados os tempos de posicionamento de osteotomia (TPO) e final de cirurgia (TFC) para realizar as comparações entre grupos. A diferença de D1 pré e pós-cirúrgico foi superior no grupo de controlo com uma mediana de 0,24 cm, em relação ao grupo de estudo, cuja mediana foi de 0,08 cm (p = 0,018). Não se verificaram diferenças significativas entre grupos em relação às restantes medidas. A média do TFC no grupo de controlo (82,00 min) foi superior à do grupo de estudo (63,00 min) (p = 0,017). A mediana do TPO foi superior no grupo de controlo (5,50 min) relativamente à do grupo de estudo (3,00 min) (p = 0,038). Os resultados obtidos revelam que é possível criar uma guia cirúrgica 3D a partir de imagens 2D para realização de TPLO. A utilização da guia diminui o tempo cirúrgico e não diminui a precisão cirúrgica, sendo até mais precisa em D1.
ABSTRACT - 2D IMAGES MODULATION FOR PRINTING TRIDIMENSIONAL GUIDES IN CASES OF TIBIAL PLATEAU LEVELLING OSTEOTOMY - Cranial cruciate ligament rupture (CrCLR) is one of the most common causes of lameness in dogs. Tibial plateau levelling osteotomy (TPLO) is one of the most commonly used techniques to abolish the developed joint instability. To achieve that, it is crucial to perform a thorough surgical planning and to assure its translation to the intraoperative field. It was an objective of this paper, to create for the first time a three-dimensional (3D) surgical guide, built from mediolateral radiographic images (2D) standardized for TPLO planning. This guide aims to increase surgical precision and to facilitate the osteotomy, and therefore reduce surgical time. This was a prospective study of 14 dogs with CrCLR parted in a control group (n=6) which were submitted to TPLO without the use of the guide, and a study group, (n=8) in which the surgical guide was used. A radiographic study of pre and post-surgical images was preformed, which included measurement of tibial plateau angle, medial mechanical proximal and distal tibial angles and D1, D2, D3 and rotation to determine the differences between pre and post-surgical measures and angles. The guide’s graft was designed based on the tibial profile and the osteotomy line in the medical images visualization software (HorosTM), which was exported to a 3D CAD software (SolidWorks) and transformed into a 3D image. After making some modifications, the model was printed in nylon using a FDM technology. The distances in HorosTM, SolidWorks and 3D print were compared. By measuring the osteotomy line deviation in the frontal plane, it was evaluated if the surgery with the guide attained a more orthogonal osteotomy. The osteotomy positioning time (TPO) and the surgery final time (TFC) were registered for the comparison between groups. The differences in pre and post-surgical D1 were superior in the control group, with a median of 0,24 cm, in comparison with the study group with a median of 0,08 cm (p = 0,018). There were no significant differences between groups within other measurements. Mean TFC in the control group (82,00 min) was superior to the mean of the study group (63,00 min) (p =0,017). Median TPO was also superior in the control group (5,50 min) in comparison with the median of the study group (3,00 min) (p =0,038). The results obtained revealed that it is possible to create a 3D surgical guide from 2D images for TPLO. The use of the guide decreases the surgical time and doesn’t influence the surgical precision, besides increases the precision in D1.
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